O Primeiro Ministro Luís Montenegro tem vindo a deixar-se estar a fritar em lume brando.
De uma situação que parece não ter nada de condenável, por teimosia em dar explicações cabais, totais e transparentemente ponham tudo às claras, deixou que situação ganhe nebulosidade.
Devia saber que o que fez não matava o assunto.
Acreditar que dizer duas coisas inócuas e clamar transparência e seriedade seriam suficiente é não ter aprendido nada com as inúmeras situações anteriores.
Ontem veio dizer que a empresa não devia ter estado no âmbito patrimonial do casal Montenegro.
Depois reafirmou que já tinha dado todas as explicações e enumerou as ações e propostas do Governo.
Claro que ficaram sem resposta muitas das perguntas que muitos jornalistas têm feito em artigos ou intervenções no audiovisual.
Depois anuncia que, se se verificarem umas confusas condições, apresentará na Assembleia da República uma moção de confiança.
O PCP veio anunciar a apresentação de uma moção de censura e logo vêm vários ministros dizer que esta moção tornava inútil a apresentação da anunciada moção de confiança.
Contudo não vejo que esta situação criada à volta do Primeiro Ministro se extinga.
Ou seja, se não responder a todas as questões (mesmo às que considere inúteis) o assunto não morre.
Ou seja, Montenegro, vai continuar na frigideira.