PS Viseu acusa Ruas de ter desistido de uma das suas bandeira, a das urgências pediátricas no HV

“Sete meses passaram desde a tomada de posse do novo Governo e apesar do tão propalado Plano de Emergência para a Saúde, o problema agravou-se no hospital de Viseu sem que Fernando Ruas mostrasse a mesma indignação, numa atitude em que demonstra ser brando quando o tempo está laranja e bravo quando o tempo está rosa. O afã que verbalizou aquando do encerramento das urgências parece ter desaparecido e nem a presença por mais do que uma vez do Primeiro-Ministro em Viseu serviu para tornar público aquele que é o sentimento de revolta dos viseenses e que o Presidente da Câmara Municipal de Viseu só mostra quando lhe convém.”

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  • 19:50 | Quarta-feira, 23 de Outubro de 2024
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Segundo o presidente da Comissão Política Concelhia de Viseu e vereador da oposição da CMV, Miguel Pipa, “o encerramento nocturno das urgências pediátricas aos fins de semana no Hospital de Viseu, que começou a vigorar em Março passado, passou, em Junho, para o encerramento diário entre as 20h e as 9h, sem que o Presidente da Câmara Municipal de Viseu tenha dito mais uma palavra sobre o assunto, dizendo, em Março, ser “inaceitável que se deixem territórios do interior ao abandono por parte das respostas de saúde e emergências médicas”.

E acrescenta:

“Sete meses passaram desde a tomada de posse do novo Governo e apesar do tão propalado Plano de Emergência para a Saúde, o problema agravou-se no hospital de Viseu sem que Fernando Ruas mostrasse a mesma indignação, numa atitude em que demonstra ser brando quando o tempo está laranja e bravo quando o tempo está rosa. O afã que verbalizou aquando do encerramento das urgências parece ter desaparecido e nem a presença por mais do que uma vez do Primeiro-Ministro em Viseu serviu para tornar público aquele que é o sentimento de revolta dos viseenses e que o Presidente da Câmara Municipal de Viseu só mostra quando lhe convém.”

Segundo Miguel Pipa, “em Maio, Fernando Ruas e a Ministra da Saúde prometeram conjuntamente uma solução para a resolução efectiva do problema e a única solução até hoje foi o agravamento da situação com o encerramento nocturno diário das urgências pediátricas e a demissão em bloco do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões por alegadamente e nas palavras da Ministra estarmos na presença de “lideranças fracas” quando se constata afinal que a liderança do processo é que é verdadeiramente incompetente.


De igual forma, o Ministro da Presidência, Leitão Amaro, mostrou-se, em Fevereiro, indignado com a situação num vídeo empolgado numa noite fria às portas das urgências de Viseu em que perorava pela necessidade de se fazer o IP3 para “atender os nossos filhos” e agora, com o problema agravado, esqueceu o assunto nas suas conferências de imprensa em tom professoral após os vários Conselhos de Ministros que desde Março decorreram e em que o assunto podia e devia ter sido discutido.

Ao encerramento das urgências, Fernando Ruas juntava o lamento pela inoperacionalidade nocturna do helicóptero do INEM em Viseu, lamento esse que também se silenciou pela inoportunidade política de ter agora a sua cor política a decidir os destinos dos portugueses. “

E conclui:

“É um claro comportamento de dissonância cognitiva em que os protagonistas Fernando Ruas, Ana Paula Martins e Leitão Amaro passaram da indignação para a resignação, conforme a cor negra das faixas que reclamavam a reabertura das urgências pediátricas na cidade passou para uma cor quase branca e desbotada que bem demonstra o esquecimento a que tão grave assunto foi votado.

É por isso que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista exige saber de Fernando Ruas que medidas foram tomadas junto do Governo para resolver um problema que se agravou e da Ministra da Saúde a solução para uma questão que aparentava, nas suas frequentes palavras, ser fácil e que se eterniza para prejuízo de todos os pais e crianças, num hospital de referência que serve mais de meio milhão de pessoas, como bem dizia em Fevereiro Leitão Amaro.”

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