O volfro ou ouro negro

Muitos foram os que fizeram riqueza à custa daqueles que palmilhavam a serra ou abriam galerias para encontrar este mineral tão precioso, na época apelidado de ouro negro.

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  • 11:06 | Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024
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O volfrâmio também conhecido por tungsténio é um elemento químico que foi altamente explorado no séc. passado sobretudo em épocas que correspondiam a conflitos internacional.

Aquando da Primeira Grande Guerra (1914-1918), da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e da Guerra da Coreia (1950-1953), verificaram-se verdadeiras “corridas ao volfrâmio” -, tendo essa corrida chegado às nossas terras nomeadamente à Queiriga, aldeia do concelho de Vila Nova de Paiva e à serra da Nave, planalto pertencente ao concelho de Moimenta da Beira.

Muitos foram os que fizeram riqueza à custa daqueles que palmilhavam a serra ou abriam galerias para encontrar este mineral tão precioso, na época apelidado de ouro negro.


Esta procura em épocas de conflito tinha a ver com a importância do mesmo para a produção de munições, blindagens e veículos ou máquinas de escavação ou corte.

Na serra da Nave a exploração era mais ou menos superficial, abrindo pequenas escavações com a ajuda de um ferro e de uma pá!

Em Alvite, havia alguns compradores desse minério e enviavam-no para uma empresa exportadora que depois o vendia para países como a Alemanha.

Conta o meu pai que havia quem fritasse as pedras em azeite e vendiam -nas como se fosse minério. O engenheiro que as comprou quando deu conta que tinha comprado gato por lebre acabou por pôr termo à vida.

Esta situação levou a que tenha chegado até hoje a seguinte quadra:

Dizia o João Pandeiro

Para o António dos Pardais

Deitai para cá murraça

Que os do Porto querem mais!

( PS. Os nomes da quadra foram alterados por razões óbvias)

 

 

(Fotos Paulo Neto)

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Publicado em Opinião