O volfrâmio também conhecido por tungsténio é um elemento químico que foi altamente explorado no séc. passado sobretudo em épocas que correspondiam a conflitos internacional.
Aquando da Primeira Grande Guerra (1914-1918), da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e da Guerra da Coreia (1950-1953), verificaram-se verdadeiras “corridas ao volfrâmio” -, tendo essa corrida chegado às nossas terras nomeadamente à Queiriga, aldeia do concelho de Vila Nova de Paiva e à serra da Nave, planalto pertencente ao concelho de Moimenta da Beira.
Muitos foram os que fizeram riqueza à custa daqueles que palmilhavam a serra ou abriam galerias para encontrar este mineral tão precioso, na época apelidado de ouro negro.
Esta procura em épocas de conflito tinha a ver com a importância do mesmo para a produção de munições, blindagens e veículos ou máquinas de escavação ou corte.
Na serra da Nave a exploração era mais ou menos superficial, abrindo pequenas escavações com a ajuda de um ferro e de uma pá!
Conta o meu pai que havia quem fritasse as pedras em azeite e vendiam -nas como se fosse minério. O engenheiro que as comprou quando deu conta que tinha comprado gato por lebre acabou por pôr termo à vida.
Esta situação levou a que tenha chegado até hoje a seguinte quadra:
Dizia o João Pandeiro
Para o António dos Pardais
Deitai para cá murraça
Que os do Porto querem mais!
( PS. Os nomes da quadra foram alterados por razões óbvias)
(Fotos Paulo Neto)