No passado dia 23 de Agosto, Fernando Ruas inaugurou finalmente as obras de requalificação da antiga Central de Camionagem de Viseu, que se iniciaram em 2020, era à época Almeida Henriques presidente da autarquia viseense.
Escusado será dizer que esta obra era uma das predileções do anterior edil, que fazia gaudio em afirmar que a mesma teria o conforto e a funcionalidade de um aeroporto.
Não sei se o anterior autarca estava certo ou errado nesta suposição. O tempo e as avaliações dos seus utilizadores o dirão.
No entanto, quem acompanhou de perto a política local viseense naquele tempo, sabia do orgulho com que António Almeida Henriques enaltecia esta obra.
Referimo-nos, em concreto, às obras do atual Terminal Rodoviário, Mercado 2 de Maio, sede dos SMAS, sede do Órfeão e Bairro Municipal.
Em Viseu, há alguma tendência para o esquecimento, motivado pela inveja ou por cobardia, pois, quem censura esse apagamento fá-lo, por norma, num pequeno círculo de amigos, faltando coragem para assumir publicamente a crítica ao atual autarca.
Em boa verdade, Fernando Ruas tem o dever e o poder de honrar o seu antecessor e a obra por este deixada, dando, por exemplo, o nome de Almeida Henriques ao novo Terminal Rodoviário ou ao Bairro Municipal, que Ruas pretendia demolir e que Almeida Henriques perpetuou.