Uma administração hospitalar inquinada à nascença

Chovem, entretanto, na comunicação social as acusações de assédio sexual cometido pelo dito cujo Sequeira. Como se não bastasse, também se lhe juntaram polémicas com o currículo apresentado e que esteve (?) na base da sua aceitação pela CRESAP.

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  • 13:54 | Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024
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Bem nos lembramos da sanha que as estruturas locais do PSD tinham contra a anterior administração do CHTV.

Em comunicados, em entrevistas, nas redes sociais, o PSD local disse cobras e lagartos dos referidos, mais centrados no ataque ao presidente do CA, que acusavam de ser um comissário político do PS, entre outros mimos.

A polémica e actual ministra da Saúde, embarcou no bote e deu mote ao PSD Viseu. E de tal forma o fez que o CA não teve outra saída senão a de apresentar a sua renúncia ao cargo.


Criaram-se expectativas acerca do excepcional Conselho de Administração que seria nomeado.

Pelo meio, o PSD local cometeu algumas deselegâncias, como o caso do convidado Nuno Nascimento, entretanto desconvidado, por misteriosos motivos e extrapolações diversas.

Surge então a nomeação de António Sequeira, nome por aqui desconhecido, talvez indicado por Coimbra, sabe-se lá, que uns conotam com o PS e outros com o PSD. Talvez o ideal seja, para desempatar, porem o gestor a meio da ponte partidária, algures ali para os lados de Santa Comba Dão.

Chovem, entretanto, na comunicação social as acusações de assédio sexual cometido pelo dito cujo Sequeira. Como se não bastasse, também se lhe juntaram polémicas com o currículo apresentado e que esteve (?) na base da sua aceitação pela CRESAP.

Mais dois médicos e um enfermeiro compõem a lista, sem controvérsias que se lhes apontem.

Mas há um outro gestor, um tal Botelho Sobral, indicado talvez por Ruas ou por Mota Faria. Ou por Mota Faria ao Ruas, o que será (ou não) irrelevante. E que com um CV onde constam, entre outros, uma licenciatura em Direito, um mestrado incompleto, uma pós-graduação inacabada e a publicação de dois artigos sobre saúde (valha-nos Santo António!) vai ocupar o lugar de vogal executivo com o pelouro financeiro, sendo-lhe concedida autorização para acumulação de docência em estabelecimento de ensino superior (o do José Costa, naturalmente), a provar que um centro hospitalar que gere milhões de euros por ano é assunto de somenos e o lugar de gestor financeiro é coisa para executar com uma perna às costas.

Valha-nos São Josemaria Escrivá…

Naturalmente, a ministra da Saúde, colecionadora de “boutades” e demais querelas, uma vez que o despacho de nomeação já fez efeito, vai esperar que a comunicação social esqueça o assunto para que tudo entre na pacífica normalidade e todos façam de contas que nada se passou.

Contudo, de uma coisa não se livra a ministra: da aparente ligeireza com gere a pasta, assim como os contestatários órgãos locais do PSD Viseu não se livram do ónus da “pouca sorte”, pois se estavam mal de enxada parece não terem ficado melhor de arado.

O tempo o dirá…

https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/novo-presidente-da-uls-viseu-foi-acusado-de-assedio

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Publicado em Opinião