Não são de hoje os tempos dos genocídios que, em nome de uma qualquer ideologia – geralmente repugnante, pérfida e falaciosa – exterminam os seus opositores, em massa, aos milhões..
Um ror quase incontável de mártires, de padecedores da insânia e desumanidade de um punhado de déspotas.
Ontem, um ataque da força aérea israelita a um campo de deslocados em Rafah, precariamente abrigados em tendas de plástico, provocou 45 mortes. O bombardeamento selvagem e cego gerou o que a ONU chamou de “inferno na terra”. Fugas desesperadas, crianças desmembradas, corpos sangrentos e mutilados, cinzas, fogo, exasperação e angústia de quem não tem mais para onde fugir, nem onde se abrigar.
No parlamento israelita, Netanyahu, com o cinismo desapiedado e cruel que é seu apanágio, resumiu assim a carnificina: “ontem ocorreu um acidente trágico. Estamos a investigar o que aconteceu e vamos tirar conclusões…”
Talvez afinal razão tenha Josep Borrell, Chefe da diplomacia da EU quando afirma: “A partir de agora, deixarei de dizer o Governo de Israel, direi o Governo de Netanyahu”
(Foto DR)