Que é feito do “processo das gémeas brasileiras”?

Também a IGAS, Inspecção Geral das Actvidades em Saúde, núcleo de acção com predicados de rigor e celeridade, se mantém num silêncio cacofónico e suscitador de preocupantes dúvidas. Porquê, senhor inspector-geral? Afinal, quantos envolvidos há para ouvir neste processo? Serão assim tantas dezenas que não se inquiram num mês ou dois?

  • 16:37 | Sábado, 09 de Março de 2024
  • Ler em < 1

Nos últimos dias a PGR tem-se esgotado em “recados”, explicações, notas de imprensa e etc.

É bom que comunique a todos – e são muitos – quantos andam intrigados com os seus métodos justiceiros, as razões e fundamentos do seu agir, e por outro lado é mau, porque quem muito se explica é porque tem a presciência de que a actuação que vem desenvolvendo não é isenta de ambiguidades e controvérsias.

Dois governos cairiam no curto prazo de pouco mais de um mês. Foram feitas buscas (uma delas com a desmesurada “invasão aérea” da Madeira) e prisões. Detenções de três semanas. Acusações irrefragáveis. Mediatização digna de Hollywood. Libertação dos prisioneiros sem acusação sólida e inquestionável que tivesse determinado a detenção. Comunicados de imprensa com parágrafos letais que ainda hoje aguardam fundamento sustentatório, que levaram o primeiro-ministro António Costa a demitir-se e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a aproveitar o ensejo para aceitara demissão e marcar eleições legislativas.

Alguém já se questionou das amplas consequências e estratosféricos custos deste agir?


E, porém, ainda não vimos a PGR pôr cá fora, com a celeridade costumeira, os resultados da investigação do processo das “gémeas brasileiras”.

Também a IGAS, Inspecção Geral das Actvidades em Saúde, núcleo de acção com predicados de rigor e celeridade, se mantém num silêncio cacofónico e suscitador de preocupantes dúvidas. Porquê, senhor inspector-geral?

Afinal, quantos envolvidos há para ouvir neste processo? Serão assim tantas dezenas que não se inquiram num mês ou dois?

Se já foram ouvidos, onde estão os resultados dessa audição/inquirição? Haverá assim tanta ponta solta a “nagalhar”? Terão os resultados ficado a ponderar nalguma superior instância? É que já se passaram mais de três meses… precisarão de outro tanto tempo?

 

 

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião