“Para uma pragmatização do conceito de Turismo Literário nas Terras do Demo” foi o título dado à “conversa” de duas horas que ontem tivemos com os alunos do Programa Doutoral em Turismo, do DLC da Universidade de Aveiro, a convite da professora responsável pelo curso, Maria Eugénia Pereira.
Já não é a primeira vez que somos convidados a partilhar pontos de vista e conhecimentos sobre esta tão abrangente quanto estimulante e actual temática.
A professora Eugénia Pereira é uma devota de Aquilino Ribeiro e tem sido uma colaboradora activa nos vários projectos implementados pelos municípios das Terras do Demo, inicialmente com a autarquia de Sernancelhe e com a revista literária “aquilino” e depois com os municípios de Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva e com a FAR – Fundação Aquilino Ribeiro.
Numa estreita e profícua colaboração co-organizámos colóquios e congressos, em parceria do município sernancelhense com a Universidade de Aveiro, por duas vezes contámos com a presença do Reitor e presidente do CRUP, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, Paulo Ferreira, fizemos exposições e comunicações, em França, inclusive.
No decurso da efeméride dos 60 Anos da Morte de Aquilino Ribeiro, que só terá fim a 27 de Maio de 2024, no Panteão Nacional, muito se tem feito, com o envolvimento de plurais e prestigiadas instituições e, contudo, ficamos com a incómoda sensação de que muito mais havia a fazer…
Aquilino é “território ancho”, inesgotável, actual, aberto a múltiplas abordagens e explorações. Aquilino, para o “triângulo virtuoso” das Terras do Demo, Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, é hoje uma tão prestigiada quão reconhecida “marca cultural”, um património regional, nacional e internacional que, cada vez mais, tem atraído estudiosos portugueses e estrangeiros para o seu vasto domínio literário, com inúmeros artigos, ensaios, teses de mestrado e de doutoramento…
Aquilino Ribeiro, acarinhado pelo Poder Local, uma vénia aos autarcas dos três referenciados municípios, Paulo Figueiredo, Carlos Silva Santiago e Paulo Marques, só não consegue é atrair a atenção do poder instituído, nomeadamente do ministério da Cultura. Mas isso é “pano para outras oportunas mangas”…
Na foto, algumas das alunas do curso: