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Rebelo Marinho
Desde o episódio de João Galamba que as relações turvaram, e volta e meia mostram-se cinzentas e nubladas, apesar dos sorrisos oficiais de gente civilizada.
De então para cá, de forma mais ou menos evidente, o afastamento nota-se. Bem tentam disfarçar, mas não dá. Parecem adolescentes atrás da bola, que escapa a ambos. Não têm que ser amigos, apenas devem ter um trato amistoso, o que acontece.
O melindre ganhou agora forma com o silêncio do PM na última reunião do Conselho de Estado, realizada no seguimento de uma outra, interrompida com a saída antecipada de Costa, por questões de agenda.
Marcelo não terá gostado da ausência, tendo suspendido a reunião, e muito menos terá apreciado que o PM não tivesse usado da palavra na reunião remarcada. E são mútuos os recados e as picardias.
Em Alcácovas, no início das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, não se queriam juntos, e evitaram estar lado a lado, sempre que a ocasião o permitia. E permitiu muitas vezes…
Não vem mal ao mundo que os dois andem de candeias às avessas, as instituições funcionam na mesma, e ao português é-lhe indiferente que se abracem ou apenas estendam a mão. Apenas se estranha, dada a anterior proximidade, que também era exagerada e artificial. Uma tal confusão que quase não se percebia quem era um e quem era outro, tal era a mistura de papéis.
O que importa verdadeiramente é que não haja sobreposição de funções e que os poderes não se cruzem, a bem do equilíbrio do sistema. O lodo não interessa.
Mais grave do que a birrinha de cavalheiros, é a fuga de informação do Conselho de Estado. Num órgão desta natureza, em que as reuniões são absolutamente confidenciais, é péssimo. O seu autor, o rato, o bufo está a mais e é indigno de se sentar à mesa, obrigado que está ao dever de confidencialidade.
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