O ensino superior

As bolsas de estudo foram antecipadas para a fase da colocação. Saúdam-se os esforços de mais acção social e mais cedo. Para muitos, segue-se o calvário da procura de alojamento, do custo de arrendamento dos quartos, dos transportes e da alimentação.

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  • 17:03 | Segunda-feira, 28 de Agosto de 2023
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São perto de 50.000 os alunos colocados no acesso ao ensino superior, em listas divulgadas antecipadamente, de modo a poderem iniciar-se as actividades lectivas ainda em Setembro. 56% conseguem colocação na primeira vaga e 87% numa das três primeiras escolhas.

No cômputo geral, a taxa de colocação é de 84%, o que demonstra um maior ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições.

Aumenta o número de candidatos a médicos e a professores, uma boa notícia, considerando a escassez de docentes que já se sente.

Foram colocados 2.800 alunos muitos carenciados, aumentando em 29% o número de alunos colocados em cursos de excelência, mais competitivos.


As bolsas de estudo foram antecipadas para a fase da colocação. Saúdam-se os esforços de mais acção social e mais cedo. Para muitos, segue-se o calvário da procura de alojamento, do custo de arrendamento dos quartos, dos transportes e da alimentação.

Alguns ficarão pelo caminho por não poderem suportar as despesas inerentes à frequência do ensino superior, mortos os sonhos e frustradas as expectativas. Terá então o Estado de repensar os apoios sociais, alargando a rede de residências universitárias, revendo os critérios de atribuição de bolsas de estudo, isentando do pagamento do pagamento de propinas e da alimentação em cantinas universitárias a alunos carenciados, e com aproveitamento.

Certo é que Roma e Pavia não se fizeram num dia, mas por alguma ponta tem de se começar.

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Publicado em Opinião