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Ainda a Portela

Tal consenso não nos deve, contudo, fazer estranhar a ausência do custo da obra como critério de monta. Será que somos um país tão rico que passa ao lado do dinheiro como requisito a ter em conta? Para um país endividado, será o mesmo pagar 4 mil milhões ou 8 mil milhões? A verdade é que o custo da obra não figura nos critérios de decisão. Fará algum sentido?

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    • 16:42 | Segunda-feira, 29 de Maio de 2023
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    Não chega uma mão cheia para contar as alternativas ao aeroporto da Portela.

    Dez são os critérios conhecidos que hão presidir à futura escolha do local para o novo aeroporto. Todos razoáveis e óbvios. Por aí, não virá má a opção.

    A proximidade a Lisboa, as infraestruturas existentes, a área de expansão, a capacidade de movimentos por hora, os riscos naturais, os conflitos com o espaço aéreo, os corredores migratórios, a população afectada com o ruído, a importância para a Força Aérea, a existência de estudos de impacto ambiental.

    Difícil será encontrar quem discorde de critérios tão amplos e abrangentes, embora haja sempre quem possa carrear mais ou outro para o processo.


    Tal consenso não nos deve, contudo, fazer estranhar a ausência do custo da obra como critério de monta. Será que somos um país tão rico que passa ao lado do dinheiro como requisito a ter em conta? Para um país endividado, será o mesmo pagar 4 mil milhões ou 8 mil milhões? A verdade é que o custo da obra não figura nos critérios de decisão. Fará algum sentido?

    Se foi esquecimento é incúria, mas ainda corrigível, se foi intencional, para permitir derrapagens em negócio de milhões, é crime! Seja qual for a razão que se venha a alvitrar para o lapso, não deixa de ser muita estranha a ausência.

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