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Jéssica Ferreira
Vsevolod Knyazev, o presidente do Supremo Tribunal da Ucrânia foi detido, ontem, dia 15 de Maio.
Em causa está o alegado recebimento de milhões de dólares, num caso de corrupção.
Com a sua detenção, a mensagem foi clara: ninguém está acima da Lei. Ninguém é impune pelos seus crimes, perante a Justiça.
Apesar de todas as atribulações decorrentes do estado de guerra criado pela invasão da Rússia, as instituições funcionam e evidenciam não compactuar com ilegalidades. Venham elas de onde vierem. Mesmo e no caso deste homem que, mais que todos, pelo alto lugar desempenhado, nunca deveria envolver-se em semelhante teia, pelos seus actos devendo pagar a dobrar e pelo seu crime ser modelar e exemplarmente punido.
Traição e corrupção constituem um binómio de mãos dadas. Traição à Justiça que representava, ao seu país, e corrupção pelo recebimento de avultado suborno.
Eleito em Outubro de 2021 presidente do Supremo e sendo seu secretário desde 2017, terá recebido 3 milhões de um empresário e oligarca ucraniano.
A Ucrânia pós URSS teve casos escandalosos de corrupção aos mais altos níveis, até de presidentes e de primeiros-ministros que, pela ausência de censura foram mediaticamente difundidos. O que não acontece noutros países do leste, onde a liberdade de informação é reduzida e até suprimida.
Desde a tomada de posse do actual presidente, Vladimir Zelensky, em finais de 2019, intensificou-se o combate aos recorrentes casos análogos, não bastando já à Ucrânia o conflito militar devastador, que arrasa todo o país.
(Fotos DR)
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