Hoje fiquei boquiaberto ao ler uma entrevista do Dr. Alberto João Jardim no Diário de Notícias.
A entrevista passa por todos os largos anos em que ele governou a Madeira.
Fala da sua ação e tece comentários relativos aos diversos Primeiros Ministros com quem lidou, ao mesmo tempo que relembra alguns episódios.
E é destes que um me surpreendeu.
Começa por dizer que incentivou Cavaco Silva a ir ao congresso da Figueira da Foz que o levaria à direção do PSD.
Depois fala de como (enquanto Presidente da Mesa do Congresso) lhe deu a palavra para intervir fora das regras.
E, para meu grande espanto, diz que pouco antes de terminar o prazo Cavaco Silva lhe disse que não tinha assinaturas suficientes (“faltavam quatro ou cinco”).
E ele, Presidente do Congresso, pediu os documentos e assinou “por cinco gajos da Madeira”.
Diz que depois foi ao hotel avisar os companheiros por quem tinha assinado.
Perante a interrogação do jornalista sobre se não ficara preocupado por ter falsificado assinaturas, respondeu:
Como é que uma pessoa confessa um crime e o acha o mais normal das coisas?
Que mais terá ele feito à margem das regras?