A direita conservadora inglesa (passe a tautologia) vive um período negro da sua longa existência.
Com Boris Johnson e a sua sucessora Liz Truss, a mais breve primeira-ministra da História do Reino Unido (45 dias), o país foi conduzido a uma caótica situação, empurrado pela extrema-direita eurocéptica do Partido de Independência do Reino Unido, liderado por Nigel Farange, a soldo sabe-se lá de quem…
Com a saída da EU, sufragada pelo povo britânico em referendo de Junho de 2016, com 17.410.742 votos a favor e 16.141.241 contra, a liderança conservadora não soube encontrar respostas nem saídas para os múltiplos e crescentes desafios e problemas entretanto surgidos.
Em boa verdade se diga ainda que a pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia, com as inerentes consequências, trouxeram mais pedras para a governação conservadora.
Depois dos desmandos baquianos de Johnson e seu staff, empurrado para a demissão pela opinião pública, pelo parlamento e pelo seu próprio partido, Liz Truss entrou a matar com medidas mais radicais a nível de impostos, num momento no qual a libra estava em queda livre e a taxa de inflação atingia os dois dígitos.
A Inglaterra saiu da Europa. Sózinha não parece estar a dar-se bem. E agora? Para já, quando o povo clama por novas eleições, o Partido Conservador cinge-se a eleições internas.
De Boris Johnson saiu Liz Truss, de Liz Truss sairá quem? E por quanto tempo?
(Fotos DR)