Meloni, Salvini, Berlusconi… os “irmãos” da extrema-direita italiana

Em 2012 funda o partido Frateli d’Italia (FdI) do qual se torna presidente. Amanhã será a primeira mulher a desempenhar o cargo de primeira-ministra de Itália.

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  • 11:03 | Segunda-feira, 26 de Setembro de 2022
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Giorgia Meloni ganha as eleições legislativas italianas com o seu partido Frateli d’Italia, o qual, com o Liga, de Salvini e o Forza Italia, de Berlusconi, reúne as condições para formar um governo de extrema-direita (43% dos votos) e assim tornar-se a primeira-ministra que sucederá a Mario Draghi.

As suas origens políticas mais longínquas no tempo vêm do MSI, Movimento Social Italiano neofascista. Com uma carreira ascensional meteórica, em 2008 foi nomeada por Berlusconi Ministra de Políticas para a Juventude. Em 2012 funda o partido Frateli d’Italia (FdI) do qual se torna presidente. Amanhã será a primeira mulher a desempenhar o cargo de primeira-ministra de Itália.


 

Os partidos da direita radical europeia festejam este resultado. O espanhol Vox refere os milhões de europeus que depositam as suas esperanças em Itália. O português Chega clama que os ventos de mudança caminham para Portugal. Victor Orbán, na Hungria, Marine Le Pen, na França, etc. saúdam este novo governo patriota, resistente à antidemocracia e arrogância da União Europeia.

Será que e de seguida vem o nacionalismo exacerbado (o indivíduo não existe, o que existe é a Nação); o totalitarismo com o Estado que controla todos os setores da nação; o unipartidarismo, “Nada deve estar acima do Estado. Nada deve estar fora do Estado e nada deve estar contra o Estado” (Mussolini); o culto do líder, o grande guia da nação para solucionar todos os problemas no país; o expansionismo e o militarismo?

Estes itens da cartilha fascista de Benito Mussolini revestirão decerto outra forma modernizada, sem se afastar muito da matriz primicial.

E como Meloni diz, acerca da União Europeia que a Itália integra, “Se eu ganhar, para a Europa, a diversão acabou” vamos esperar para ver o alcance e o significado prático desta ameaça.

“Não deixem que Bruxelas faça coisas que Roma pode resolver melhor, e não deixem Roma sozinha a resolver coisas que esta não consegue solucionar sozinha”, afirmou Meloni. Ou seja, contra a União Europeia, mas a favor das verbas de lá oriundas…

 

(Fotos DR)

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Publicado em Opinião