O discurso de Putin no dia da vitória da Rússia sobre o III Reich cingiu-se a uma exibição marcial de 11 mil soldados, a um desfile de material bélico e foi pontuada pelo despudorado Discurso da Mentira, proferido pelo presidente do país.
No meio das velhas glórias da IIª Guerra Mundial, Putin apostrofou o país que invadiu, a Ucrânia, como um país beligerante que provocou a Rússia; anatemizou a NATO como a fonte dessa invasão e de todas as ameaças feitas à integridade do seu país e desenvolveu uma fantasiosa narrativa transferindo para os outros todos os actos vis por ele perpetrados.
Se vivêssemos na Idade Média, quando os suspeitos de mentir tinham de se sujeitar ao julgamento do fogo agarrando numa barra de ferro em brasa ou extraindo uma pedra de uma panela com água a ferver, a mentira seria mais sopesada e a sua prática receada. Assim…
Ah, o resto do suplício… se a ferida cicatrizasse ao fim de três dias, tal seria um sinal divino absolvendo os acusados. Entre eles, decerto que Trump e Putin, para já os dois maiores mentirosos do século XXI, não ganhariam para dexpantenol, passe a publicidade, uma das melhores pomadas para as queimaduras.
(Foto DR)