O vice-embaixador russo na ONU, Gennady Kuzmin, não só nega a pés juntos que as tropas do seu país tenham invadido a Ucrânia, como rejeita todas as acusações contra os soldados de Putin. E é taxativo na sustentação da mentira:
A tal “operação militar especial” com que os russos baptizaram esta sangrenta invasão, não passa de um mero e básico eufemismo. Tal e qual como chamar “mulher de vida fácil” a uma prostituta. O eufemismo tem como objectivo minimizar a agressividade de uma expressão, torná-la mais branda ou até, nalguns casos, agradável.
Se Putin assim a baptizou, porque não haviam os seus fiéis discípulos em todo o mundo – Portugal inclusive – de lhe seguir as pisadas? Os mesmos que abandonaram a Assembleia da República no dia da presença por vídeo conferência do presidente ucraniano. Os mesmos que criticaram o Chega porque o seu grupo parlamentar abandonou o hemiciclo nas comemorações do 25 de Abril, quando soaram os acordes de “Grândola Vila Morena”.