Todos quantos têm que circular na EN 229, principalmente no troço que liga Viseu ao Sátão, sabem bem com que agruras devem contar.
Uma péssima estrada, desadequada à realidade do seu fluxo diário de tráfego a precisar urgentemente de renovação, que tem vindo a degradar-se em crescendo, sem que as obras de intervenção/reparação minimizem a ratoeira em que se transformou.
Circular por lá de noite ou com chuva é um pesadelo. O piso está degradado, aluído em certas secções, fissurado e, na sua grande maioria, os traços na via perderam a cor e já não se vislumbram ou, então, em troços alvo de reparação, não foram repintados.
Hoje, ao ir de Viseu ao Sátão, fazer 19 quilómetros nesta estrada, se temos a pouca sorte de encontrar um pesado lento pela frente, corremos o risco de demorar 40 ou 50 minutos. É muito, para quem trabalha e tem de a percorrer diariamente…
Pode-se falar na consciencialização dos condutores, pode-se falar em campanhas de segurança e prevenção rodoviária, pode-se falar na existência de radares móveis, pode-se falar na proliferação de semáforos, alguns deles sem sentido, facilmente substituíveis por rotundas onde o trânsito circularia com fluidez e sem riscos. Mas deve-se também falar nos elevadíssimos impostos que os utentes das estradas pagam e no direito que deveriam ter de o fazer nas devidas condições de segurança, segurança essa que, em primeira e derradeira instância, deve começar nas boas condições das vias/estradas onde todos circulamos.
É muito difícil de entender, senhores das Estradas de Portugal?