Putin, o sanguinário czar russo, ameaça a Suécia e a Finlândia com armas nucleares se estas duas nações decidirem, enquanto estados democráticos e autónomos, aderir à NATO.
A NATO é o fantasma brandido pelo nacionalista-liberal Putin para justificar as suas tenebrosas cominações e os seus mais profundos desejos imperialistas de criação de uma Euro-Ásia, de Moscovo a Lisboa, como foi referido pelo anterior fantoche presidencial Dmitri Medvedev.
Afinal o que é NATO e porque tanto medo infunde a Putin? Também chamada Aliança Atlântica ou OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, é uma aliança militar composta por diversos países criada nas cinzas da II ª Grande Guerra, a 4 de Abril de 1949.
Os países que integram a NATO são:
Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Chéquia, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos, Estónia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Macedónia do Norte, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Turquia.
Segundo o site da NATO: “A segurança no quotidiano é essencial ao nosso bem-estar. O Objectivo da NATO é o de garantir a liberdade e a segurança dos seus membros por meios políticos e militares”.
Politicamente, a NATO “empenha-se na promoção dos valores democráticos e permite aos seus membros consultarem-se e cooperarem acerca das questões da defesa e da segurança, com o fito de resolver problemas, de instaurar a confiança e, a longo prazo, de prevenir os conflitos.”
Militarmente, “a NATO está ligada à resolução pacífica dos diferendos. Se os esforços diplomáticos falham, dispõe da potência militar necessária para empreender operações de gestão de crise. Estas encaradas com a aplicação da cláusula de defesa colectiva do artigo 5 do Tratado de Washington.”
Ora este artigo 5 estipula que “se um país da NATO for vítima de um ataque armado, cada membro da Aliança considerará este acto de violência como um ataque armado dirigido contra o conjunto dos seus membros e tomará as medidas que entender necessárias para ir em ajuda do país atacado.”
Claro está que, assim sendo, a NATO representa a clara oposição aos ideais expansionistas de Putin, evidentes desde 24 de Fevereiro (podíamos recuar muito mais atrás no tempo…), com a invasão militar da Ucrânia e com o genocídio e destruição que tem vindo cruelmente a perpetrar sistematicamente há quase dois meses.
Estranho ser Putin defendido calorosamente por Marine Le Pen, a líder da extrema-direita francesa e pelos comunistas portugueses, que foram ao extremo de votar contra a intervenção por vídeo conferência na Assembleia da República do presidente do estado soberano da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alegando, por voz da deputada Paula Santos que… “A Assembleia da República, enquanto órgão de soberania, não deve ter um papel para contribuir para a confrontação, para o conflito, para a corrida aos armamentos. O seu papel deve ser exatamente o oposto. O papel da Assembleia da República deve ser um papel em defesa da paz”…
Afinal, o que une o PCP e o Front National Français?
(Foto DR)