Especialistas mundiais do envelhecimento em Coimbra para partilhar avanços científicos

A população mundial está a envelhecer em todos os países do mundo. Em Portugal, dados dos Censos 2021 revelam a agudização de um fenómeno já conhecido, com o aumento expressivo da população idosa e a diminuição da população jovem. Em 2021 existiam 182 idosos por cada 100 jovens.

Tópico(s) Artigo

  • 10:59 | Quinta-feira, 31 de Março de 2022
  • Ler em 2 minutos

Investigadores participam em formação avançada para jovens cientistas, organizada pelo Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento da UC

Líderes de laboratórios e centros de investigação da Europa e EUA estão em Coimbra (Hotel Dona Inês), de 4 a 8 de abril, para apresentar as mais recentes linhas de investigação no domínio da biologia do Envelhecimento. Terapias com células estaminais e o envelhecimento do cérebro são alguns dos temas no programa da «Escola de Primavera» do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento (MIA-Portugal).

Investigadores de renome da Mayo Clinic, Universidade do Minnesota (EUA), Universidade de Copenhaga (Dinamarca), Universidade de Newcastle (Reino Unido) e Universidade de Groningen (Países Baixos) juntam-se aos cientistas da Universidade de Coimbra (UC) para impulsionar projetos de ciência translacional. O programa de formação intensivo destina-se a estudantes de doutoramento e investigadores, portugueses e estrangeiros, em início de carreira, com currículos promissores na investigação do envelhecimento.


A população mundial está a envelhecer em todos os países do mundo. Em Portugal, dados dos Censos 2021 revelam a agudização de um fenómeno já conhecido, com o aumento expressivo da população idosa e a diminuição da população jovem. Em 2021 existiam 182 idosos por cada 100 jovens.

Esta alteração demográfica à escala global representa um desafio societal que importa enfrentar. O tema do envelhecimento está nas agendas internacionais com o propósito de minimizar os impactos nos sistemas públicos de saúde, providência e proteção social.

A resposta da ciência ao envelhecimento da população

Neste contexto, a aposta na investigação do envelhecimento tem merecido maior atenção e investimento, já que, só uma melhor compreensão das bases biológicas do envelhecimento, permitirá desenhar novas abordagens na medicina preventiva e nos cuidados de saúde. Isto é essencial para diminuir o custo socioeconómico crescente de algumas das doenças associadas ao envelhecimento com consequências negativas na qualidade de vida das populações e na gestão pública, como o cancro, a osteoporose, a diabetes ou a doença de Alzheimer. 

A atividade do MIA-Portugal (Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento) foca-se no estudo das bases biológicas e moleculares do envelhecimento e no desenvolvimento de terapêuticas, mas também atua da construção de respostas sociais e tecnológicas para um tecido social em mudança.

O Instituto, o primeiro do Sul da Europa dedicado ao Envelhecimento, resulta de uma parceria europeia, liderada pela Universidade de Coimbra, e onde participam a Newcastle University (UNEW, Reino Unido), o University Medical Center Groningen (UMCG, Países Baixos) e o Instituto Pedro Nunes – IPN, com o apoio da Mayo Clinic (EUA) e da Universidade de Copenhaga (Dinamarca).

A «Escola de Primavera» do MIA Portugal insere-se nas atividades de formação avançada do Instituto sedeado em Coimbra, conta com o apoio científico da Alliance for Healthy Ageing (Aliança para o Envelhecimento Saudável) e o financiamento do programa Horizonte 2020 – Investigação e Inovação, através do contrato de subvenção nº 857524, e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) da União Europeia, através do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020), do Portugal 2020.

 

Mais informação: www.uc.pt/mia

 

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Última Hora