O vice que ninguém quer

Provavelmente o Chega vai indicar outro nome mais consensual. O problema é que parece não ter nomes consensuais para propor, capazes de irem à votação e de serem eleitos.

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  • 12:32 | Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2022
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O Chega, segundo a lei vigente, enquanto 3ª força política na Assembleia da República, tem direito a eleger um vice-presidente. Porém, o nome pelo partido indicado, Pacheco de Amorim, tem que ser votado e ratificado pela maioria dos seus pares. E ao que parece poucos ou nenhuns dos deputados querem votar o nome proposto pelo Chega, um indivíduo com um CV político pouco recomendado (isto é um eufemismo) e pouco amigo da Democracia.

 


 

Num canal qualquer televisivo, Pacheco de Amorim, tido como o ideólogo do partido, apareceu em confronto com duas representantes de outros partidos com assento parlamentar, que foram aduzindo suas críticas e razões enquanto o “de cujus” fazia carantonhas, momices e esgares de troça. Com a paródia da reação ilustrou bem aquilo que é.

Provavelmente o Chega vai indicar outro nome mais consensual. O problema é que parece não ter nomes consensuais para propor, capazes de irem à votação e de serem eleitos.

A fazer-se de vítima, o narcisista líder, num papel que faz como ninguém, vocifera e ameaça ir para Tribunal Constitucional com a “ofensa”.

E daqui que decorrerá? Far-se-á história e teremos um vice-presidente da AR eleito pelos 13 juízes da rua de O Século?

 

(Fotos DR)

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Publicado em Editorial