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Carlos Cunha
É com tristeza que assisto ao abortar de um dos projectos culturais mais arrojados e vanguardistas para Viseu. Fernando Ruas continua a pretender construir pequenas capelas ao invés de erguer uma catedral.
A este respeito, veja-se o que aconteceu com a remodelação do Pavilhão Polidesportivo do Fontelo, em que tudo ficou exatamente na mesma, ou seja, um pavilhão sem dimensão, pois, nem para os jogos oficiais de futsal do Viseu 2001 serve.
O Viseu Arena teria custos altos de manutenção? Teria, mas o seu potencial de atração seria inquestionável e colocaria Viseu na rota dos grandes espetáculos. Apesar do custo de construção ser elevado, haveria o recurso ao financiamento europeu.
O Centro de Artes e Espetáculos, que Fernando Ruas não foi capaz de concluir até 2013, depois de 24 anos à frente da autarquia viseense, teria feito sentido nesse tempo e celebraria o seu longo mandato. O futuro deveria passar pela construção do Viseu Arena, ainda que fossem feitos reajustes ao projecto inicial. Assim, iremos continuar com um Multiusos, tipo antigo Pavilhão A, da Feira de S. Mateus, só que maior.
Por outro lado, boa parte das personalidades autárquicas do PSD que apoiavam o Viseu Arena, aquando do seu anúncio público, são quase as mesmas que estão agora com Fernando Ruas, por isso, o que pensarão de tudo isto, em particular, o atual Vice-Presidente da autarquia viseense. Estará ou não de acordo com este retrocesso proposto por Fernando Ruas?
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