Viseu a…”: Good Vibes
Senti boas vibrações ao ler, na “Rua Direita”, o título “Festival de Artes une cinco municípios do distrito de Viseu”. A união faz a força! Unir municípios é sempre um bom princípio, embora de difícil exequibilidade. Mas, no que concerne à cultura, tal desiderato mostra-se uma possibilidade e uma aposta que, logo à partida, a […]
Senti boas vibrações ao ler, na “Rua Direita”, o título “Festival de Artes une cinco municípios do distrito de Viseu”. A união faz a força! Unir municípios é sempre um bom princípio, embora de difícil exequibilidade. Mas, no que concerne à cultura, tal desiderato mostra-se uma possibilidade e uma aposta que, logo à partida, a meu ver, já está ganha.
Organizar um evento – “Viseu A…” – “centrado no espaço público de cinco cidades Mangualde, Nelas, São Pedro do Sul, Tondela e Viseu”, que permitirá a fruição de espetáculos de Teatro, Novo Circo, Música, Performance, Instalação, Teatro de Objetos, Cinema de Animação, Dança e Teatro Radiofónico e que envolve centenas de artistas e voluntários deixará marca.
Talvez se esteja, ainda que de modo subliminar, a desenhar a marca “Viseu Cidade Região”. Esta iniciativa poderá ser uma peça do puzzle que só se completará, com ganhos intermunicipais, se todos os autarcas se envolverem num projeto que terá que ser de “ganhar-ganhar”!
A Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões “andou bem” ao ser parceira do Teatro Viriato na promoção deste festival. O meu aplauso também para o convite endereçado à ACERT que terá a honra (justa) de abrir o festival com a “Viagem do elefante”, uma produção que envolve a comunidade, inspirada no “nosso” Nobel da literatura José Saramago. Destaco ainda, porque conheço razoavelmente o trabalho que produzem e pela originalidade, “Romeu e Julieta”, adaptado pelo encenador Graeme Pulleyn, com a participação da comunidade cigana e “A voz do rock” no qual Ana Bento e Ricardo Rodrigues desafiam idosos a cantar (bravo!).
Estão reunidos todos os ingredientes para a conceção de um “produto” com qualidade que enriquecerá as nossas gentes e a quem nos honre com a sua visita.
Quero acreditar que Paulo Ribeiro, coreógrafo e diretor do Teatro Viriato, recentemente agraciado com a medalha de mérito da cidade de Viseu, terá tido um lapsus linguae, aquando da apresentação do evento: “A nossa ambição é dinamizar Viseu e arredores”. Imediatamente me lembrou de “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”. Com a devida vénia, quero acreditar que o objetivo não terá sido fundir os quatro concelhos num deselegante “arredores”.
Votos de muito sucesso de um espectador que será assíduo.