Numa cerimónia muito participada, decorreu ontem, dia 9 de Outubro, no Salão Nobre do Município de Sernancelhe, a tomada de posse do Executivo Camarário que vai liderar o concelho no quadriénio de 2021-2025.
Como já é habitual, o salão estava repleto de munícipes, autarcas de plurais concelhos, deputados e demais individualidades.
Enquanto presidente da Assembleia Municipal cessante e de novo eleito, José Agostinho Aguiar teve a seu cargo a condução da cerimónia.
Foi dada posse aos presidentes das juntas de freguesia, da assembleia municipal e, por fim, aos cinco eleitos com Carlos Silva Santiago como presidente, Carlos Santos, Ana Chaves, Armando Mateus e Hélder Lopes, como vereadores.
Entre outros estiveram presentes na cerimónia, o anterior autarca José Mário Cardoso; os presidentes das Câmaras de Alijó, José Paredes; de Armamar, João Paulo Fonseca; de Penedono, o cessante Carlos Esteves e a eleita Cristina Ferreira; da Régua, José Manuel Gonçalves; de Sabrosa Domingos Carvas; de Tabuaço, Carlos Carvalho; de Vouzela, Rui Ladeira; de Castro Daire, Paulo Almeida; de Lamego, Francisco Lopes; os deputados da Assembleia da República Pedro Alves e Lima Costa.
Carlos Silva Santiago começou a sua intervenção com palavras de agradecimento e apreço a todos os sernancelhenses pelo extraordinário exemplo de civismo e democracia que deram no ato eleitoral de 26 de setembro. Agradeceu pela votação superior a 80% obtida e por uma das mais baixas taxas de abstenção verificada no país. Felicitou os eleitos aos quais manifestou a sua muita confiança no mandato que se inicia, mandato de trabalho, de realizações e de superação das necessidades das populações que os elegeram.
Reiterou os princípios norteadores da ação à frente do Município, rigor na gestão, responsabilidade na forma como estão na vida pública e verdade na relação com os sernancelhenses e o compromisso com todos os sernancelhenses que passa pela estabilidade e reforço da aposta nas vertentes económica, social e na cultura, frisando ser Sernancelhe uma terra que procura ser referência na área cultural e económica no Interior de Portugal e ser exemplar na gestão dos recursos municipais e no sentido estratégico dos seus investimentos, como parceiro ativo das empresas e dos investidores, na garantia da estabilidade socioeconómica a todos os munícipes, com uma política fiscal amiga das empresas, com isenções de IMI para quem investe, estando na linha da frente do investimento, da aposta na economia, na valorização dos produtos locais e na internacionalização das empresas, continuando a dar a mão aos empresários, apostando nos espaços empresariais de Sernancelhe e Ferreirim, disponibilizando, em permanência, um Gabinete de Apoio aos Empresários, ajudando na implantação das empresas e na captação de fundos comunitários, assumindo os princípios de honradez, mantendo o compromisso com os fornecedores, e com isso continuando a constar no quadro de honra da eficiência financeira do Tribunal de Contas, tudo fazendo para que Sernancelhe seja um concelho com grande notoriedade no todo nacional, reforçando a aposta na marca Terra da Castanha, em Aquilino Ribeiro, no Santuário da Lapa e no Rio Távora – motor estratégico para o turismo, quer como espaço privilegiado para a prática de desportos náuticos quer enquanto dinamizador socioeconómico das aldeias ribeirinhas, apostando nos acontecimentos culturais como plataforma de promoção e montra privilegiada para divulgar a cultura, a autenticidade, o associativismo e os fatores de diferenciação do nosso território, continuando a ser um Concelho que está ao lado das instituições sociais, dinamiza uma rede de Centros Lúdicos e apoia a compra de medicamentos à população mais carenciada, dando continuidade ao investimento na educação, por forma a criar condições efetivas e de qualidade para as crianças e jovens, desde o pré-escolar até ao ensino Profissional, não assumindo nunca, e a qualquer preço, a tentativa de delegação de competências que trata os autarcas como meros tarefeiros da Educação, reforçando a política de habitação, visando a fixação dos jovens e a atração de quadros para o Concelho – impulsionados pelo resultado dos Censos, que mostraram um aumento da população, graças à estratégia municipal implementada e às condições de trabalho que as empresas oferecem.
Carlos Silva Santiago deixou ainda uma palavra à memória de António Almeida Henriques, referindo ter sido “um grande autarca, e nele querer homenagear todos os portugueses que tombaram vítimas desta atroz pandemia que a todos marcou, rematando “esse autarca era um grande amigo, de nome Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu.”
Reiterou o seu empenho na exigência que o executivo vai pôr na sua ação dos próximos quatro anos e a intenção de ser exigente “com quem tem o poder de mudar o destino dos territórios do Interior”, referindo-se ao primeiro ministro e seu governo, de quem espera o cumprimento das promessas feitas, nomeadamente no tocante ao Plano de Recuperação e Resiliência e os 23 mil milhões de euros, para que cheguem aos concelhos, sirvam as populações e, de uma vez por todas, alterem os problemas estruturais, tanto na falta de oportunidades como no crónico défice demográfico que nos impede de atingir os níveis de desenvolvimento do País e da Europa.
Referiu-se ainda ao Hospital de Viseu e ao centro oncológico, há muito prometido e anunciado; à construção do IC 26, a ligação rodoviária entre Lamego e o IP2, em Trancoso; à linha do Douro, para aproximar o norte de Portugal da Espanha e da Europa.
Na sua qualidade de presidente da maior comunidade intermunicipal do país, a CIM Douro, deixou ainda uma palavra: “Este é o tempo em que a CIMDOURO e esta grande cidade do Douro, com mais de 200 mil pessoas, tem uma palavra a dizer no País. Os colegas presidentes de Câmara que aqui estão, e também os restantes, são testemunha da dinâmica de conjunto que conseguimos criar e da força e união que hoje nos define no País. E vamos continuar assim, pois sabemos o quanto é importante menos gabinete e mais ação. O desafio que faço a todos os autarcas da CIMDOURO é que, em conjunto e em defesa da nossa região, continuemos a fazer diferente, a deixar a nossa marca em Portugal.”
A cerimónia encerrou-se com o discurso do presidente da Assembleia Municipal, José Agostinho Aguiar.
De seguida, todos os presentes rumaram ao centro histórico onde foi servida uma merenda-convívio.
(Fotos André Sobral)