A Companhia de Teatro ASTA coordena a rede de intervenção cultural com mostra itinerante de dezenas de espetáculos de novo circo e dança a partir de julho.
Rede Interior leva a cena dezenas de espetáculos itinerantes ao ar livre onde a poesia visual está em destaque com o novo circo e a dança contemporânea. No cruzamento da palavra, da ligação do novo circo com a dança contemporânea e as novas linguagens artísticas existe um projeto que unifica todo o conceito de itinerância e descentralização cultural em espaços de elevado valor patrimonial e histórico, no interior de Portugal. Os 14 espetáculos que integram a Rede Interior começam a entrar em cena no início de julho.
A identidade com o território no âmbito do qual cada espetáculo é levado a cena, reflete o objetivo central da Rede Interior – desenvolver uma programação artística e cultural perfeitamente integrada num território abrangente constituído pelos Municípios de Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia. O intuito é claro – promover e valorizar o património histórico-cultural e sensibilizar a comunidade a participar ativamente na afirmação destes territórios através da Cultura.
Será entre castelos, anfiteatros ao ar livre, jardins, praças, largos e mercados que a companhia profissional da Covilhã – ASTA, numa coprodução com a Erva Daninha, companhia portuguesa, e mais 3 companhias de Espanha e uma de Itália, leva a cena e ao ar livre vários espetáculos itinerantes de novo circo, dança contemporânea, teatro, acrobacia, ilusionismo e equilibrismo. Entre os meses de julho e agosto será possível assistir a um vasto corpo artístico pautado por espetáculos verdadeiramente identificativos da cultura e tradições de cada local, por forma a que o público e as gentes da terra se sintam representados.
O primeiro espetáculo integrado na Rede Interior, “Cântico Negro”, acontece já a 1 de julho (quinta-feira) no mercado municipal da Covilhã, pelas 21h30. Trata-se de uma coprodução da ASTA com o TeatrUBI, que se inscreve na linha de cruzamentos artísticos entre a dança contemporânea e o teatro numa dramaturgia que nos inquieta. Fala-nos do amor e das relações, do que se (não) sente. A mesma peça segue em itinerância pela cobertura da praça municipal de Manteigas (17 de julho, às 22h); pelo largo da Câmara de Seia (24 de julho às 22h), pelo largo da Misericórdia de Fornos de Algodres (31 de julho às 21h30) e pelo Castelo de Belmonte (20 de agosto às 22h).
“Dolce Salto” da companhia italiana Circo Carpa Diem apresenta-se com uma linguagem de clown misturada com acrobacias aéreas em mastro chinês e monociclo e, tem como pano de fundo uma tradição há muito arreigada no território – o fabrico tradicional do pão tão identitário das aldeias e das populações que se reúnem em torno dos fornos comunitários. “Dolce Salto” segue em itinerância pela Praça do Município da Covilhã (3 de julho às 21h) e pelo Parque Verde do Fundão (13 agosto às 22h).
A 10 de Julho, é em plena ambiência mágica e intimista do anfiteatro da Cerca em Gouveia que acontece o espetáculo “Los Viajes de Bowa” da companhia espanhola La Gata Japonesa. Magia, equilibrismo, dança aérea, humor e poesia é assim que se pode definir a natureza deste espetáculo que nos remete para o imaginário infantil e nos leva pela obsessão de uma menina-mulher nómada que teima em descobrir o que afinal existe por trás das mensagens encerradas nas garrafas que são atiradas ao mar. Esta peça ruma para Manteigas (16 de julho às 22h) e Fornos de Algodres (30 de julho, às 21h30).
“Por Um Fio” chega ao largo da Câmara Municipal de Seia a 23 de julho, às 22h00, e a 21 de agosto ruma à Praça das Descobertas em Belmonte, às 19h00. Trata-se de um espetáculo de novo circo da companhia Erva Daninha, em que dois intérpretes utilizam a acrobacia aérea como técnica para procurarem continuamente o equilíbrio entre dois corpos, num jogo constante de encontros e desencontros.
A 14 de agosto, será a vez do Parque Verde no Fundão receber pelas 22h o espetáculo de equilibrismo “La Madeja” de Irene de Paz, com forte reminiscência na narrativa da lã e da herança têxtil tão identitária do território das Beiras e Serra da Estrela.
Sobre a Rede Cultural do Interior
Tem como objetivo desenvolver uma programação artística e cultural integrada no território constituído pelos Municípios de Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia, com o intuito de promover e valorizar o património histórico-cultural e sensibilizar a comunidade a participar ativamente na afirmação destes territórios. Divulgar o património histórico-cultural e natural da região das Beiras e Serra da Estrela, potenciando o turismo e combatendo as assimetrias regionais no que concerne à realização de eventos de cariz contemporâneo no interior do país. A coordenação é da companhia ASTA – Teatro e Outras Artes, e os projetos artísticos vão ao encontro da identidade, da cultura e da história do território “Rede Interior”, demonstrando o que une e o que diferencia os 7 Municípios desta rede cultural. 3
O Projeto Rede Interior tem como entidade líder executora a ASTA – Teatro e Outras Artes, e como entidades parceiras não executoras, os Municípios de Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia. Projeto cofinanciado pelo Centro2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.