A prisão de um comunista

E foi precisamente em Monção que a polícia política do Estado Novo começou uma ofensiva que conduziria, em dois meses, à prisão das direcções regionais e, nos quatro anos seguintes, a um extremo enfraquecimento do PCP.

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  • 12:47 | Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2020
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No dia 3 de Junho de 1945, em Monção, um homem ia tomar o comboio para o Porto. Chamava-se Francisco Inácio da Costa, tinha trinta anos e tutelava a organização clandestina do Partido Comunista Português na região do Douro.

Nos últimos anos, o Partido crescera e implantara-se em todo o País.

E foi precisamente em Monção que a polícia política do Estado Novo começou uma ofensiva que conduziria, em dois meses, à prisão das direcções regionais e, nos quatro anos seguintes, a um extremo enfraquecimento do PCP.


A polícia talvez tenha tomado Francisco Inácio da Costa por contrabandista, mas, ao encontrar-lhe material de propaganda comunista, entregou-o à PIDE.

Mortificaram-no com pancada no Porto e remeteram-no para a prisão do Aljube, onde ficou incomunicável e continuou a ser espancado.

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Publicado em Opinião