No distrito, como no País, a pandemia ataca com força nunca vista e o Estado de Emergência foi activado.
Preocupa-me, em muito do que vi e li, o apelo popular, o implorar por este Estado de Emergência.
São maus sinais do nosso estado civilizacional, da consciência cívica de cada um e da noção do Estado de Direito democrático.
A pandemia, sendo algo de muito grave, é uma oportunidade para reforçar o espírito solidário, de entreajuda e de não resignação à crua realidade.
É uma oportunidade para nos reinventarmos e reformularmos a nossa visão das Instituições.
Acima de tudo, numa altura em que se aproximam eleições Presidenciais e Autárquicas, é altura de valorizar o que melhor temos: as pessoas.
Não deixar que os opinadores populistas, de ocasião, com interesses pessoais, individualistas, que se sobrepõem aos coletivos, tenham palco para chegar a uma posição de poder a qualquer custo, seja com quem for, é um imperativo.
Os treinadores de bancada são, na política local, opinion makers de tasca, com discursos anti partidos, quando foi através deles que conseguiram, em algum momento, aparecer.
O futuro está cheio de incertezas, mas é com convicções fortes e ideias concretas que teremos de o enfrentar.
O nosso passado, o que fomos e somos, o que defendemos, é o que nos define.
Por mais cambalhotas e contorcionismo que se faça, a espinha dorsal ou existe ou não existe e, nestes tempos difíceis, a política, como a vida, não está para proto-políticos intelectualmente invertebrados.