Quinze dias depois do atentado à bomba, as feridas de Hitler continuavam a sangrar. O ouvido direito permanecia afectado e dorido. Passou a sofrer de tonturas. Estava hipertenso. Envelhecera. Considerou-se incapaz de ficar muito tempo de pé e de falar em público. Caminhava ligeiramente curvado. Os tremores nas mãos, que haviam desaparecido na sequência da explosão, regressaram em Setembro. Tornou-se mais desconfiado e mais violento no trato pessoal. Apresentava problemas cardíacos e graves espasmos estomacais.
Em Novembro passou por uma fase depressiva. O curso da guerra obrigou-o a abandonar definitivamente o Covil do Lobo e a fechar-se na chancelaria, em Berlim, onde em tempos intimidava os embaixadores com os seus modos bruscos e a arquitectura megalómana de Albert Speer.
Tentou concentrar-se no plano de uma ofensiva a Ocidente. Na realidade, depois de sair do Covil do Lobo, Hitler encontrou no bunker da chancelaria a sua toca e, em menos de seis meses, o seu túmulo.