Na última reunião de Câmara, o PS apresentou uma proposta visando retirar o nome Salazar da toponímia viseense.
Esta proposta visa apagar a História, como se assim se pudesse passar uma esponja e apagar da memória individual e coletiva, o que aconteceu de bom e de mau.
O PS mostra que pouco ou nada aprendeu com o que se passou recentemente nos EUA e em alguns países europeus, quando uma turva de energúmenos, acrítica e vândala desatou a decapitar estátuas como a de Baden Powell.
Banir Auschwitz, Hitler, Mussolini, Estaline, Franco, Salazar ou Chávez da História Universal seria amputá-la, transformando-a num conto fantasioso, marcado exclusivamente apenas por episódios fofinhos, amorosos e queriduchos.
É como se quiséssemos apagar da memória a derrota do campeonato europeu de futebol, quando a seleção portuguesa perdeu a final para a sua congénere grega, em pleno Estádio da Luz e ficámos com um descomunal melão nacional.
Este PS defendeu outrora a manutenção do Bairro da Cadeia, quando Fernando Ruas o pretendia terraplanar, quer agora banir da toponímia, quem o mandou construir. É necessário relembrar que este Bairro foi mandado construir, durante o período do Estado Novo, no pós-segunda Guerra Mundial, para albergar famílias mais pobres, quando António Salazar era o Presidente do Conselho.
E porque não propõe o PS banir também as Escolas Primárias do plano centenário? Não foram igualmente mandadas construir, durante o Estado Novo, por Oliveira Salazar?
E porque não terraplanar o edifício da Estação Agrária de Viseu, construído também nesse tempo?
Esta proposta é um tiro nos próprios pés por ter a ousadia de querer apagar a História, por ser populista e fomentadora de extremismos.
Por último, uma pesquisa no Google Maps ou no site www.codigo-postal.pt. não me devolveu qualquer rua no Concelho de Viseu com o nome de Dr. Oliveira Salazar, mas pode ser defeito meu que não soube procurar