… para pior basta assim

Além do mais há outro fator que não é bom indício que advém das candidaturas estarem a ser "acordadas" entre António Costa e Rui Rio.

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  • 22:16 | Domingo, 09 de Agosto de 2020
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Ouço, leio e não consigo entender.

Deve ser uma nova figura jurídica, até agora desconhecida, mas em que a bota não bate com a perdigota.

As CCDR vão ter os seus presidentes e um dos dois vice-presidentes eleitos. Sendo aqueles eleitos por Presidentes de Câmara, Vereadores eleitos, Presidentes das Assembleias Municipais e Membros destas incluindo Presidentes de Junta. Um dos Vice-presidentes é eleito pelos Presidentes de Câmara e o outro é nomeado pelo Governo.

Dizer que os Presidentes ganham legitimidade democrática é pura demagogia pois continuam dependentes da “confiança” do governo.


Na verdade são eleitos mas depois não respondem (!!!) perante quem os elegeu e o Governo pode demiti-los.

É aqui que reside a originalidade, terão a legitimidade de uma eleição, mas continuam a poder ser demitidos como se a sua designação fosse uma mera nomeação governamental.

Tudo isto não passa de um ínvio e sinuoso caminho para (encapotadamente) se impor a regionalização.

Cada vez entendo menos da necessidade da regionalização e então com estas trapalhadas ainda menos.

Portugal precisa de uma Administração eficaz e ágil, escopo que deve ser atingido por recurso a descentralização e sobretudo a uma forte desconcentração.

Além do mais há outro fator que não é bom indício que advém das candidaturas estarem a ser “acordadas” entre António Costa e Rui Rio.

Como se costuma dizer, para melhor está bem, está bem, para pior basta assim…

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