Surgiu nas redes sociais um documento subscrito pelo candidato PS à autarquia viseense, João Azevedo, intitulado: “A EN 229 é uma obra prioritária para qualquer decisor político”.
Ninguém pode estar em desacordo com esta asserção…
Por ele ficámos a saber que as Infraestruturas de Portugal (IP) têm o projecto concluído e que esperam a disponibilidade dos autarcas de Viseu, Almeida Henriques e do Sátão, Paulo Santos para a sua assinatura e consequente lançamento da obra.
Mais, este projecto contempla ainda, além da 229 de Viseu ao Pereiro, a nova variante em território municipal que vai da zona industrial do Mundão ao nó do Caçador. A qual, naturalmente, é uma preciosa mais-valia para todos os empresários ali sediados e que é mais uma obra falhada da autarquia viseense, que teria essa obrigação..
João Azevedo, o impulsionador com sucesso desta infraestrutura, afirma: “A questão agora é só esta: se o projecto está pronto e finalmente dá resposta aos desejos de todos nós, porque é que as duas autarquias, de Viseu e do Sátão, não chegam a acordo com a IP?”
Boa pergunta…
Convém notar que “o empreendimento a desenvolver entre Viseu e Sátão prevê a execução de uma Variante à EN 229 num primeiro troço e a requalificação do restante troço da Estrada Nacional até à proximidade do Sátão. Ou seja, do cruzamento do Pereiro à ZI de Mundão, num total de 9 quilómetros. É a designada “Requalificação da EN229 entre a ZI Mundão e Sátão” – Custo de Obra estimado em cerca de 3,3 M€ para a obra, sendo 0,26 M€ para expropriações. Acresce a variante à EN229 – Ex-IP5 / ZI Mundão – com o custo estimado em cerca de 8,8 M€ para a obra, sendo 1,32 M€ para expropriações. “
Mais se conhece que o “previsto montante global das duas requalificações é de 13,68 milhões de euros.” Sabe-se ainda que “face aos custos da obra, a IP pretende das autarquias uma comparticipação de 1,8 milhões de euros.”
Estes valores poderão até ser negociáveis e as duas autarquias ficarem apenas com o custo das expropriações… Pena é que, finalmente, este anseio de todos fique em banho Maria por teimosia ou má vontade política de Almeida Henriques, aquele que nunca conseguiu luz verde para a obra e agora, se deve sentir incomodado porque outro player, João Azevedo, encontrou e reuniu as sinergias para o seu sucesso.
A outra eventual hipótese é a CMV não ter dinheiro para pagar a sua parte, por o despender perdulariamente em festarolas sem qualquer retorno palpável e visível, como é do exaustivo conhecimento público.
(Foto DR)