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Carlos Cunha
Este ano por motivos que todos conhecemos não haverá Feira de S. Mateus.
Para mitigar a ausência do evento cultural e comercial mais antigo e emblemático, a Câmara criou uma série de micro eventos, dissipados pela cidade de Viseu, que denominou Cubo Mágico.
Em tempos de Covid, a Câmara aposta todas as fichas no que melhor sabe e soube fazer ao longo destes sete anos que esta administração leva de mandato: eventos.
Acontece que os eventos provocam ajuntamentos e estes ajudam à propagação da Covid-19.
Como tal e sem alarmismos, se estamos perante um evento, com eventual ajuntamento haverá maior risco de contágio, isso é inegável. Por outro lado, também é inegável que os feirantes e artistas dos diferentes domínios precisam de trabalhar para ganhar dinheiro e pôr o pãozinho de cada dia na mesa.
Pelas redes sociais, vai uma grande divisão de opiniões, de prós e contras. Muitos de nós nos sentimos divididos. Essa dúvida adensa-se quando temos de escolher entre a economia e a saúde pública.
À primeira vista, a decisão parece óbvia, contudo, depois de tanto tempo de confinamento, todos queremos que a vida regresse ao mais normal possível.
Para tornar a equação mais difícil, surgiram por estes dias duas novas variáveis: a do rumor e a do silêncio.
A variável do rumor assenta na suspeita sobre um eventual surto de Covid-19 no Bairro de Santa Eugénia, em Viseu.
A variável do silêncio assenta na total ausência de qualquer Comunicação por parte da Câmara Municipal, enquanto principal responsável local pela Proteção Civil, sobre este assunto, de modo a explicar o que se passa e a evitar o alarmismo que se possa gerar.
Em vésperas da realização do Cubo Mágico, impõe-se mais do que nunca que seja dada essa informação aos viseenses e a quem nos visita, pela saúde e segurança de todos!
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