É grande o sururu acerca do helicóptero do INEM que deixou de estar adstrito a Viseu.
O autarca Almeida Henriques, homem carenciado de causas pelas quais façanhudamente pugne, adrede saiu a terreiro a carpir a perda e a invocar as consequências desastrosas que ela tem para este território. Não podíamos estar mais de acordo…
Há muito que nos habituámos a ver Viseu perder tudo e toda a espécie de serviços, desde o Caminho de Ferro, ao Matadouro, às Florestas, à Saúde, ao Ensino, às Estradas de Portugal, etc.
O INEM é tutelado pelo Ministério da Saúde e o seu presidente é o médico Luís Meira, sendo Regina Pimentel a directora da delegação Regional do Centro. Estes são os prováveis nomes da decisão da saída do heli de Viseu.
O helicóptero do INEM sedeou-se durante muito tempo em Santa Comba Dão. Almeida Henriques conseguiu tirá-lo de lá – sabe-se lá Deus como – para Viseu, para o aeródromo da Muna. E então, porque é que de repente ele voou para Loures, Tires ou lá para onde?
Independentemente de outras razões, a taxa de utilização poderá ter sido determinante. Ou haverá outras que terão a ver com infraestruturas de apoio local, hangares incluídos?
Porque é que, de forma coerente e organizada, não foi feita uma profilaxia estratégica da situação, acautelando todas as possíveis previsões/situações e não dando, em caso algum, pretextos para a perda da infraestrutura?
Chorar sobre leite derramado dá uma boa parangona de jornal ou televisão, mas em termos práticos, efectivos e de minoração do problema tem um resultado zero.
Se Viseu tivesse um autarca “operacional” para lá dos meios de comunicação social, respeitado e com provas dadas noutros áreas para além das festarolices nas quais se mostrou muito diligente e competente, talvez certas situações não acontecessem tão recorrentemente. Talvez…
Leonel Gouveia, o autarca de Santa Comba Dão, tem o direito de pensar: “Se o heli não saísse daqui para Viseu nada disto teria acontecido…!” E quem o desmentiria?