Da parte de João Paulo Rebelo não haverá muitas surpresas a esperar. O seu modus operandi apresenta-se linear e próprio de um político desejoso de ascender ao Olimpo, primo inter pares, o mais rapidamente possível
Assim foi quando na Movijovem onde a sua actuação foi motivo de forte reprimenda por parte do Ministério Público (MP).
Assim foi quando ainda era um potencial jovem agricultor associado à Coape de Mangualde, presidida pelo seu amigo e apoiante Rui Costa, e se esqueceu de declarar a sua actividade enquanto sócio-gerente de uma empresa de mirtilos e secretário de Estado. Confrontado com os factos, admitiu-os mas referiu ter agido de “boa-fé”.
Assim foi depois de fulgurante e bem sucedida carreira como empresário da comunicação social, com os sócios João Cotta e Francisco Rebelo, do Grupo Lena Comunicação, quando, enfim, passou a deputado da Nação e de seguida, talvez por indicação de apoiante amigo (terá sido o Pedro Nuno Santos, aquele que eventualmente se perfila como sucessor de António Costa?) chegou a secretário de Estado da Juventude e Desporto (que tutelou a tal Movijovem) onde, de controvérsia em polémica, no contexto do futebol nacional, não tem deixado a melhor e mais eficaz das impressões.
Logo de seguida, Costa ao nomear os 5 magníficos para espécie de “governadores-civis-covidis19”, ter-se-á à primeira esquecido dele e indicado Alberto Souto de Miranda, o ex-presidente da CM Aveiro e sE Adjunto e das Comunicações, o qual, por possível interferência de Pedro Nuno, o ministro da tutela, não terá sido dispensado, sugerindo-se em segunda e útil escolha João Paulo Rebelo. Coincidências.
Entretanto, a carreira meteórica de João Paulo Rebelo não podia estagnar e já estratégica e previamente se tinha apresentado como candidato a presidente da Federação do PS Viseu – um imprescindível degrau a subir – em contenda com o seu amigo, o deputado José Rui Cruz.
Nesta luta pelas boas graças dos militantes do distrito, muito se fez e com bastante frenesim mediático e, só agora, adiadas que foram as eleições talvez para Setembro por causa da pandemia, houve lugar a uma certa acalmia.
Mas só aparente, pois a nomeação datada de 21 de Abril do corrente de José Carlos Amaral Botelho, bombeiro voluntário e segurança privado, para as funções de motorista do Gabinete do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, um seu apoiante-mor de Cinfães, só pode ter sido mera coincidência, na certeza de que João Paulo Rebelo seria incapaz de usar o erário público para pagar ou garantir um favor político.
Lembremos que o opositor José Rui Cruz tem no presidente da Câmara local, Armando Mourisco, um seu forte apoiante e mandatário distrital …