Ontem foi decretado o Estado de Emergência, algo que, se não me engano, só no Verão Quente de 1975, com a ameaça de uma guerra civil, foi feito em democracia.
Perdoem-me os que não concordam mas é hora de todos fazermos o que nos compete. Caso não tenhamos, por força da nossa função habitual, seja na agricultura ou num hospital (por exemplo), de sair de casa, fiquemos reclusos na nossa habitação (a trabalhar ou não). Não podemos facilitar e só todos juntos nesta espécie de (in)acção, ainda que distantes fisicamente, é que conseguiremos ganhar tempo para vencer esta epidemia.
Certamente que veremos muitos erros mas aquilo que identificamos como menos correcto na acção de algumas autoridades deve sem rancores ou revanchismos, cientes que não será fácil liderar ou gerir qualquer instituição ou empresa, Junta, Câmara, Governo, em tempos como estes.
Não é altura de apontar armas a ninguém a não ser ao vírus. Por muita vontade que se possamos ter, por muito que se saibamos, por mais que o histórico de alguém o possa até recomendar, é preciso união, pressão mas colaborante.
Juntos, com trabalho, ciência, rigor, obediência, conseguiremos certamente ficar mais fortes.
E lembrem-se, o Estado é de Emergência e os nossos direitos estão efectivamente diminuídos, como estão aumentadas as nossas obrigações. Estão-o para bem de toda a comunidade, até termos uma imunidade de grupo.
P.S.: Aqueles que gostam de desdizer do Plano Nacional de Vacinação, que se recusam a vacinar os filhos, têm aqui o seu sonho húmido e a demonstração do caos que seria o mundo se todos tivéssemos a mesma opinião. Seria assim não só para o novo coronavírus mas para qualquer doençazita que hoje, graças a anos de sistemas de saúde funcionais e à investigação científica, são isso mesmo – doençazitas.