Como era previsível, o surgimento destes dois partidos da área do centro-direita vem “ratar” votos aos sociais-democratas a quem já não bastava a liderança estranhamente inerte e titubeante de Rui Rio.
Prova dada, que mais não fosse, com a escolha dos nomes dos candidatos a deputados por parte da “task force” constituída por Mota Pinto, José Silvano e Morais Sarmento, num desautorizar constante das distritais, pela prevalência autocrática das decisões do secretário-geral e sua bizarra “entourage”.
O PS agradece e navega em mar chão, de vela enfunada, para uma possível maioria absoluta, com 43,6% de intenções de voto em Agosto, segundo a “Pitagórica”, em sondagem encomendada pelo JN e TSF.
Por seu turno, em acentuada queda, o PSD já está nos 20,4%. Em queda livre, também, o CDS-PP que já vai nos 4,9%. Os eleitores ter-se-ão saturado dos “arroubos” cristalinos da vitoriosa Assunção? O CDS está assim próximo do PAN, com 3,2% de intenção de voto (terá sido por perceber isso, o eventual investimento de 75 mil euros no parque canino de Viseu?).
BE sobe para os 10% assumindo-se como a 3ª força partidária. A CDU cai para os 6,6%
Os indecisos estão em alta com 18%. Ou seja, nestes quase vinte por cento há procurar com muita acuidade e desvelo os algoritmos emocionais que os movem, por forma a ir encontrar um número de votos que fará marcante diferença, nomeadamente para o PS alcançar a maioria absoluta.
Todavia, cremos que é uma área muito descurada pelos socialistas, em termos de estudo e implementação de estratégias para ir em busca da análise pragmática, numa “narrativa de última hora”, que anime e mova os indecisos.
Com as eleições a 6 de Outubro, um domingo que se estiver de sol convida à praia, estamos a um mês de ir às urnas e esta sondagem tem um nível de confiança de 95,5%.
Quanto ao distrito de Viseu, que perdeu um deputado por decréscimo demográfico, passando de 9 a 8, a batalha poderá travar-se entre rosas e laranjas, com 4-4 ou 5-3, havendo ainda a hipótese de uma emergência inusitada do BE que, ao eleger um deputado, poderia apresentar este cenário 4-3-1, respectivamente, levando para o parlamento Bárbara Xavier.
Lembramos que os 7 primeiros candidatos do PS são:
João Azevedo, por designação não de António Borges, mas sim de António Costa, Lúcia Silva, João Paulo Rebelo (muito lamuriento por não ir no lugar de João Azevedo…), José Rui Cruz, Maria da Graça Silva Reis, Manuel António Ferreira e Marta Costa.
PSD: Fernando Ruas, Pedro Alves, Fátima Borges, António Lima Costa, Telmo Antunes, Eugénia Duarte e Domingos Nascimento.
Paulo Neto
(Montagem Inês Rocha DR)