Almeida Henriques – “apita o comboio que coisa tão linda”

A desmemória é a doença do século. E não é preciso que seja a velhice a provocá-la. Basta olharmos em redor e percebermos – talvez para nossa defesa – como facilmente esquecemos as afirmações de muitos políticos da nossa praça, mesmo e quando essas afirmações faziam parte de um programa eleitoral, de um intento e […]

  • 12:38 | Segunda-feira, 19 de Agosto de 2019
  • Ler em < 1

A desmemória é a doença do século. E não é preciso que seja a velhice a provocá-la. Basta olharmos em redor e percebermos – talvez para nossa defesa – como facilmente esquecemos as afirmações de muitos políticos da nossa praça, mesmo e quando essas afirmações faziam parte de um programa eleitoral, de um intento e de uma promessa para serem eleitos.

Em Maio de 2013 António Almeida Henriques dá uma entrevista a um jornal do qual eu era director, entrevista essa na qual se colhem pérolas raras, tais como:

“Quero ficar com o meu nome associado ao regresso do comboio a Viseu”;


“Irei construir uma lista de grande qualidade. Viseu merece o melhor de nós”;

“O mandatário de honra da minha lista será o dr. Fernando Ruas”;

“Só há uma forma de criar emprego: é através de dinâmicas empresariais de criação de riqueza”;

“Uma das questões que me proponho desenvolver (…) é criar o Viseu Investe”;

“Proponho-me também criar o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento de Viseu”;

“Trabalhar numa lógica intermunicipal e de cooperação regional é também decisivo”;

“Eu abandonei a Gabiforma, ou saí da sua administração, um ano e meio antes de ter acontecido o seu processo de insolvência”;

Eu estava na presidência da AIRV quando a Lusitânia foi criada…”;

“Outra vitória que me deu muito gosto foi o programa Revitalizar”;

“Aliás um dos aspectos que proponho na minha candidatura é criar um Gabinete de Apoio às Famílias Endividadas e em Dificuldades”

(…)

E semelhantes a estas “pérolas”, há muitas mais para redescobrir. Há muito mais para relembrar. Há muito mais para perguntar em nome da coerência…

“E então? Cadê’ele(a)s?

Paulo Neto

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial