António Almeida Henriques aparenta ter múltiplos problemas no seu exercício autárquico.
O mais grave é não conseguir concretizar obras nem cumprir promessas. Desde o mercado 2 de Maio a Viseu Património da Humanidade, são às dúzias os incumprimentos. Tantos como os buracos cavados por toda a parte a fazer-que-faz.
Segue-se-lhe, entre outras, a espanholização do burgo, a troco de “peanuts”, para vender à Saba,SA, por muitas décadas o espaço urbano dos viseenses.
Depois, o “mago Merlin da pataratice propagandística”, ungido de todos os bentos óleos, com uma ascendência quase inexplicável sobre o “patrão”, apesar dos milhões que anda a desperdiçar sem resultado à vista nos pelouros que ocupa e na “mediatização” pessoal e do “chefe”, já se viu ao que vem e, aquilo a que vem, já se provou pouco ou nada trazer de positivo e/ou de bom para a cidade.
Todavia, os usufrutuários directos e dilectos dos subsídios camarários alçaram-no a “vaca sagrada”, mas provavelmente só pelo conteúdo do úbero… Artistices do que-está-a-dar, na municipalização de uma espécie de “cultura da gamela”.
A governação do clã Sobrado, na autarquia e na Viseu Marca embrulha-se cada vez mais numa indisfarçável e estranha acção destruidora de tudo à sua volta. O senhor Jorge quase parece ser napalm…
De seguida, talvez na premunição do afundamento do esburacado batel, por todo o lado e sem explicações públicas plausíveis, a debandada começa a ser regra e não excepção.
Parece que há gente a mais a fugir de alguma eventual avalanche que lhes possa cair em cima, buscando céleres os abrigos onde se acoitar. Será possível?
No meio de quase todas as “incompatibilidades” surge o omnipresente senhor Jorge, desde o caso Nuno Nascimento, ao do comandante da Polícia Municipal, ao de Joaquim Seixas…
Provavelmente, Almeida Henriques, com uma fé inabalável neste seu oráculo de Delfos, dos seus augúrios faz normativos virais.
Três coisas há a dilucidar, o senhor Jorge vem ou chega “encomendado” por quem? Talvez por um “baronete” nortenho agora semi-adormecido mas, apesar de na sombra, ainda assaz poderoso. Será?
Ou o senhor Jorge partilhou informação tal com o “boss”, que se tornou em putativo “radioactivo”? Será?
Ou então, esta “imprescindibilidade”, esteia-se no facto do senhor Jorge ser uma mente de tal forma luminosa e um nauta tão genial, que sem ele, a esquadra esfrangalhar-se-ia de imediato nos corais traiçoeiros dos recifes do Pavia, assim passando claro rótulo de incompetente aos demais?
Claro que estas três hipóteses não passam de “má língua” de gente ácida como o Compadre Zacarias, que as discute no café, entre trinta mocas perdidas de “sueca”, com os seus três velhos companheiros de jogatina. Mera vox populi. Logo, absolutamente implausíveis. Repito, absolutamente implausíveis.
E porém, ninguém o ignora, o tempo tudo dilucidará. Só esperamos que e entretanto, os danos não sejam irreversíveis…
Ou já o são?
Paulo Neto