O cidadão viseense anda confuso ou a despertar para a realidade?

  Quem for atento às redes sociais – que não aos jornais, pois esses estão na fase “engagé” – perceberá quatro coisas fundamentais:   1º Que por ausência de oposição credível, os defraudados eleitores do PS e do CDS (e até já alguns do PSD) começaram a cimentar uma consciência crítica, interventiva e cidadã que […]

  • 15:35 | Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2018
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Quem for atento às redes sociais – que não aos jornais, pois esses estão na fase “engagé” – perceberá quatro coisas fundamentais:

 
Que por ausência de oposição credível, os defraudados eleitores do PS e do CDS (e até já alguns do PSD) começaram a cimentar uma consciência crítica, interventiva e cidadã que saudamos e que ganhou uma proporção nunca antes vista e na razão directa ao “nunca antes visto “ da parte de (por exemplo) um executivo camarário, inclusive na adjuvância de certa comunicação social, incondicionalmente rendida ao “charme” do Rossio;
Que as controvérsias proliferantes são em quantidade superior a uma por semana e as polémicas ecoam todos os dias, fruto de atitudes opacas e de muito equívoco secretismo gerado no núcleo original;
Que, numa corrida esganada ao fundo do pote, surgem por aí como erva ruim em leira pródiga empresas duvidosas, com players ambíguos, de background muito recorrentemente assinalável em empreendedorismos prenhes de polifonia a várias vozes, entoando loas ao Portugal 2030, como se fosse um requiem rock átono em missa de 7º dia;
Que neste arrastão material, que mexe com milhões, surgem cristãos-novos muito fanáticos, hoje nédios e luzidios, aparelhados à marialva, quando outrora, do osso a furar pele, a manta sobre o dorso e cilha de cordão os traziam ajaezados.
 
Este estado de coisas que e hoje numa sociedade de direito democrática não consegue totalmente ocultar-se, começa a exigir de todos nós uma cada vez maior atenção e intervenção, sob pena de sermos cúmplices em muita “engenharia financeira” e em eventuais embustes de altíssimo coturno.
Daí que toda a atenção seja pouca, toda a intervenção necessária e uma “cara de pau” pelo menos igual à desses actores, que com nada se desconcertam, antes pelo contrário, parecendo todos os dias crescer na sua presumível e impávida imunidade.


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Publicado em Editorial