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Paulo Neto
A Viseu Marca será mais uma criação inequivocamente profícua para servir Viseu e os seus munícipes.
É uma “associação”. É detida pelo “Município de Viseu”, pela “AIRV” e pela “CERV”. Ou seja, Almeida Henriques e João Cota como “capitães de equipa”.
Sabemos para que serve a AIRV. Porém, para que serve a CERV, Confederação Empresarial da Região de Viseu? Presidida por João Cota, ao que recordamos, foi criada com pompa e circunstância e, quase no formato CEC, teria como objectivo principal tornar-se entidade “gestora” dos dinheiros comunitários para projectos empresariais. Seria isto? Cota ainda convidou a Viseu o então sE, Leonardo Mathias para lhe mostrar da grande competência e alcance da instituição. Mas ao que parece não encontrou o desejado eco.
Depois do período de interregno estatutariamente obrigatório por limitação de mandatos que afastou Cota temporariamente da presidência da AIRV, deixando em seu lugar o amigo e empresário, ex-autarca Carlos Marta, Cota voltou à “missão“, onde pontifica com denodo. “Alcança quem não cansa.”
A Viseu Marca apresentou, entretanto, nova direcção, de onde Cota sai. Mas mantém-se na estrutura acionista como presidente de duas das três instituições. Sendo o Município de Viseu “sócio”, tem na direcção o vereador Sobrado. Normal, não é?
“Instrumento de marketing territorial de Viseu”, chama à Viseu Marca o presidente Almeida Henriques… E nós, crédulos e fiéis de AH não ousamos duvidar do seu sapiente léxico.
Dizem que alguns cônjuges de algumas destas figuras também estão ligadas profissionalmente à Viseu Marca, de onde auferem muito justas avenças e vencimentos. Mas a ser verdade, será mais que normal, pois quem tanto e tão bem trabalha merece a adequada remuneração.
Contas aprovadas com mérito, contabilidades decerto feitas por um excelente “expert” na matéria, a Viseu Marca será o melhor de “dois céus”, para o Município, para a AIRV, para a CERV, para o dito “território” e para muitos de quantos lá trabalham.
Há que louvar todas as entidades geradoras de emprego. E todos os empreendedores, neste caso, Almeida Henriques, João Cota e Jorge Sobrado. No fundo, os “missionários” de sempre, desta feita em prol do “marketing territorial de Viseu”. (Esta frase soa-me a significante sem significado, mas como estou a ficar meio surdo…).
Da Lusitânia de outros tempos, eficaz na execução literal dos fundos comunitários, da Expovis de tantas campanhas e outras feiras, já nem memória resta nem contas, mas esta é uma das “empresas/associações” locais que nos deve merecer tanta atenção como respeito. Por isso, e para muito a louvarmos doravante, vamos segui-la com deferência e primazia.
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