Cotta, o patrão dos empresários e as grandes mudanças na AIRV

  Conforme ontem noticiámos, Sofia Relvas, ex-vice-presidente e ex-vereadora da Câmara de Nelas, quase braço direito do presidente da autarquia Borges da Silva, foi por este repentinamente “despedida” de todas as funções exercidas. E porquê? Porque Sofia Relvas assumiu celeremente funções como “directora-executiva” da AIRV, comandada pelo grande empresário João Cotta, ocupando o cargo da […]

  • 11:56 | Quinta-feira, 13 de Setembro de 2018
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Conforme ontem noticiámos, Sofia Relvas, ex-vice-presidente e ex-vereadora da Câmara de Nelas, quase braço direito do presidente da autarquia Borges da Silva, foi por este repentinamente “despedida” de todas as funções exercidas.

E porquê? Porque Sofia Relvas assumiu celeremente funções como “directora-executiva” da AIRV, comandada pelo grande empresário João Cotta, ocupando o cargo da diligente Francisca Peixoto, que há muitos anos vinha a desempenhar este lugar com exemplaridade e competência.
Borges da Silva, no secretismo desta “dança de cadeiras”, apanhado de surpresa, não terá apreciado o  súbito ”missionarismo” da sua autarca de confiança e foi rápido a exonerá-la dos seus cargos, agora ocupados por Fernando António Pais Silvério.
É por demais evidente que um empresário como João Cotta, irrepreensível na sua postura e ética processual, terá dado conhecimento à cessante responsável Francisca Peixoto muito atempadamente da sua cessão de funções e da sua substituição por Sofia Relvas, cuja experiência no exercício dessas competências é completamente desconhecida, mas decerto atributo fundamental para o profícuo desempenho do cargo.
Assim, Francisca Peixoto, ao não ver renovada a sua “comissão de serviço”, apesar de se ter verificado durante o seu período de férias, terá compreendido e aceitado de boa mente tais alterações, assim como ser “transferida” para gerir uma tal “incubadora tecnológica” (?), mesmo e se a receber um salário muito reduzido face ao anteriormente auferido.
Cotta, na senda dos bons princípios empresariais que lhe são até por Almeida Henriques reconhecidos (vidé Viseu Marca, por exemplo), terá decerto reunido com toda a equipa de colaboradores da AIRV a quem, no mínimo, terá dado a conhecer a ocorrência e a justificação cabal dos seus actos. A não ser que, improvavelmente não o tenha feito, no entendimento de que não tem justificações a dar a ninguém. Claro que tal não passa de mera hipótese académica, plenamente inverosímil.
Também ninguém acredita que a precipitação do “atraiçoado” presidente da Câmara de Nelas e a sua imediata atitude de destituição de Sofia Relvas, possa servir de pretexto ao “patrão dos patrões” para justificar quaisquer precipitadas atitudes, assim como a extrapolação das notícias nalguma comunicação social.
Ouvido o Compadre Zacarias, que lê o voo das aves como a Sibila de Cuma, este auspiciou que o eclético Cotta, desde que convidou um conhecido empresário mangualdense para seu “colaborador”, na Associação Empresarial de Viseu, tem vindo a fazer, depois do CDS e do PSD, uma crescente aproximação ao PS, à medida que se encurta o prazo para as próximas eleições autárquicas, não sendo despiciendo prever-se que poderá vir a encabeçar uma vitoriosa lista do PS para a autarquia viseense, que poderia contar com João Azevedo em número dois, Sofia Relvas em terceiro e com o seu ex-sócio, João Paulo Rebelo em número quatro. Seria decerto o fim de Almeida Henriques perante a invencibilidade desta brutal “Panzer Division”.
Mas como é óbvio, estas conjecturas do Compadre Zacarias só podem ser objecto de uma noite de insónias e de muito pouco sono, povoado de pesados pesadelos. Ninguém, pois, em sua perfeita lucidez nele acreditaria…
 
(Foto Dão TV – DR)


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