O nosso “cronista do Demo”, António Almeida Henriques

    Não é, vá-se lá clarificar a coisa, que tenha algo a ver com o safardana do Mefistófeles; mas como a tal coluna no CM tem a designação de “Terras do Demo“, aquelas que abrangem Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, que Aquilino (às (re)voltas no Panteão…) assim baptizou, e tal […]

  • 19:43 | Quinta-feira, 28 de Junho de 2018
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Não é, vá-se lá clarificar a coisa, que tenha algo a ver com o safardana do Mefistófeles; mas como a tal coluna no CM tem a designação de “Terras do Demo“, aquelas que abrangem Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, que Aquilino (às (re)voltas no Panteão…) assim baptizou, e tal só por Cristo não gastar lá sandália, decerto Almeida Henriques não arrenega, por extrapolação e economia, ser um “cronista de tal geografia sentimental”.

As vicissitudes da existência, arredado nos têm trazido da atenção que nos merece. Todavia, verdade se diga, escasseia-nos o tempo para lhe dar a atenção adequada. Mas creia-nos, estimado edil-colega-cronista, que não é por seu desmérito, sempre atentíssimo a quanto se passa neste país que majestaticamente o ignora, é apenas porque agora, o ascendente protagonismo dos senhores drs. Cota e Sobrado (talvez o doutor que titula o segundo devesse ir por extenso, pois ele é docente da Universidade do Porto, se a memória não me falha), dizia eu, naquela “cordial entente” negocial que vamos vislumbrando no Portal Base do Governo, nos tem absorvido para outras plurais temáticas.
Mas seguimo-lo. Segui-lo-emos sempre, porque, estimado autarca, a clarividência dos seus gestos, atitudes, tomadas de posição, coerência, coesão e anaforize-se!! obra feita, são para nós stude cases do presente, para ponderada análise no radiante porvir que se adivinha.
E nestas duas últimas crónicas excedeu-se na eloquência; a do “mal-estar produtivo” onde, pungente reitera que “passar por cima das feridas não é remédio, porque a doença que as abriu ainda está viva” e na outra, “a prova dos nove”, sai em fino recorte estilístico da temática tanatológica para a da sismologia e assim nos falar do terramoto que se avizinha, rematando com este belo epílogo: “A responsabilidade, como o dinheiro, não é elástico”!
(Nota avulsa: se a “responsabilidade” é feminina, não devia ter-se zangado com o “elástico” e deveria ter escrito “elástica”. Meras gralhas arreliadoras.).
Porém, com a verticalidade dos Cabrais, permita-me que o apouque com o meu desânimo e lhe lamurie a minha desilusão. Pensei que ia partilhar connosco o porquê da PJ ter feito buscas na Câmara Municipal de Viseu mas, decerto que desse esclarecimento, o sempre invocado segredo de Justiça, o arredou. E naturalmente que tais buscas, mais não terão sido que por um qualquer estacionamento indevido…
Sabe, nós até quase acreditamos nas “cabalas”, desde que começámos a consultar o esotérico Professor Karamba (não, não é da Universidade do Porto), mas aquela rábula das “férias do tipo do Turismo”, com 150 inspectores no terreno, soube-nos a “hors-d’oeuvre”…
Ademais e naturalmente, essa “invasão”, no nosso claro entendimento, só pode ter sido um equívoco, pois numa “smart city”, capital dos links para o radioso futuro, só quem for cego e/ou ingrato não vê a auto estrada “inteligente” que se rasga aos pés de todos os viseenses.


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