Uma sociedade de coxos?

    Poderia ser uma eventual pergunta colocada por um marciano recém-aterrado em Viseu. Basta dar uma pequeníssima volta pela cidade-museu-jardim-e-não-sei-que-mais para o perceber de imediato. É o jovem que estaciona sem pudor o seu espampanante GT à frente da porta do bar-esplanada – para ser visto pelas “girl friends”? –  num lugar reservado a […]

  • 17:48 | Sábado, 16 de Junho de 2018
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Poderia ser uma eventual pergunta colocada por um marciano recém-aterrado em Viseu.

Basta dar uma pequeníssima volta pela cidade-museu-jardim-e-não-sei-que-mais para o perceber de imediato.


É o jovem que estaciona sem pudor o seu espampanante GT à frente da porta do bar-esplanada – para ser visto pelas “girl friends”? –  num lugar reservado a cidadãos portadores de deficiência, pese embora haver lugares vazios a escassos metros de distância, mas é também o caso de alguns cidadãos a fazerem inveja àquela antiga tribo germânica designada de vândalos que, conforme já aqui tivemos oportunidade de referir, gostam de estacionar em cima dos relvados, decerto para comodidade dos pneumáticos, ou, enfim, para não levarem o “fálico automóvel” para o quarto do hotel ou para a sala onde vão provavelmente ter uma reunião acerca de “smart cities” ou de “ecologia urbana”, não sobre “urbanidade e civismo”. E isto acontece com dezenas de espaços vagos a menos de 50 metros de distância.
Este fenómeno é consentido, em Viseu. A Polícia Municipal não age a PSP não actua, eventualmente por ordens de quem manda. É aceitável na cidade “esperta”, inclusiva e, evidentemente, A Melhor Cidade do Concelho Para Viver, a tal que ganha prémios em Los Angeles…

Porque é que nesta terra, nada é o que parece nem nada parece o que é?

Tempos de ilusionismo, muita treta, demais labieta e nenhuma obra ou acção onde, a bota bata com a perdigota.
A era do “ruído” no seu apogeu?
 
Nota: Todas as fotografias foram feitas nos dias 15 e 16 de Junho.

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