“Cultura, para quê?” assim se questiona de abertura o nosso cronista-autarca preferido no seu dilecto quotidiano, o CM.
Mas se esperávamos que este esplendente farol cultural – quem ignora quanto tem feito pelo vinho, pelos parques subterrâneos, pelo centro histórico, pelo mercado 2 de Maio, pelo Sobrado, etc? – viesse denegrir as suas ousadas conquistas nesta smart city, exemplo de Tóquio, Nova Iorque, Paris, Roma, Amesterdão… vem falar-nos de “extremos”.
A conversa vai sempre dar ao mesmo beco engasgado, à Betesga habitual. Malha no governo – e aqui, se sobrar um mangual e sobre o ministério da Cultura, também malhamos – mas logo vai da estragada floresta para o seu “glamouroso” jardim, para nos anunciar que virá aí o Museu de História da Cidade. Empolgado, até lhe chama “ressurreição”. Intrigados, até fomos ao “Priberam” rever o significado do vocábulo:
1. Acto de ressurgir.
2. Vida nova; renovação.
3. Reaparição.
4. Cura extraordinária, inesperada.
5. Festa em que a Igreja católica festeja a ressurreição de Jesus Cristo.
Mais à frente apurámos afinal que a “ressurreição era de um antigo desígnio”… Algo que “há mais de 40 anos” todos tentaram em vão e que ele, Almeida Henriques & Sobrado vão enfim concretizar, ou como o cronista lavra, em prosa esotérica, “quebrar o enguiço”, que Engrácia Carrilho, Fernando Ruas, etc., nunca almejaram “desenguiçar” e vai daí a caminho estão 2500 de história, que tautologicamente informa ser “muito anterior à fundação da nacionalidade” (de facto, se foi em 1139 e a matemática não m’enguiça, temos nação há 879 anos)…
E eis que chega a coisa com os “objectos que contam histórias fantásticas” (…) ”desempoeiram depósitos arqueológicos e reforçam a atratividade turística,” E este é um ponto fundamental face ao “fiasco” do “2017 Ano Oficial pars visitar Viseu”. Talvez agora… talvez agora.
Remata-se com esta pérola de fino recorte:
“A cultura e o património servem para muita coisa, quando sabemos o que fazer com eles.”
Será o caso? Quem diria, lololololololol…