O CDS em Viseu

    Durante anos, o CDS-PP teve em Viseu figuras prestigiadas e carismáticas que muito dignificaram o partido da Democracia Cristã.   A partir de uma certa altura, o CDS-PP em Viseu passou, ao estilo norte-coreano, a ter só um rosto e um só nome: Hélder Amaral, que há anos se vai perpetuando, na sua […]

  • 14:01 | Domingo, 08 de Abril de 2018
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Durante anos, o CDS-PP teve em Viseu figuras prestigiadas e carismáticas que muito dignificaram o partido da Democracia Cristã.

 
A partir de uma certa altura, o CDS-PP em Viseu passou, ao estilo norte-coreano, a ter só um rosto e um só nome: Hélder Amaral, que há anos se vai perpetuando, na sua política de ciclíca “terra queimada”, agora como presidente da distrital e há anos a mais como deputado à Assembleia da República.
Mais conhecido actualmente como comentador de futebol, mas quem não o é hoje em dia, percebendo a visibilidade mediática que isso traz? Alguns dele de quilate e competência na matéria muito inferiores às do Zé do Pino e do Manel Chuteira, da Tasca do Brasileiro, são, no entanto cidadãos da polis, que o mesmo é dizer políticos partidários com alguma relevância, neste mundo minúsculo e fofinho do futebol e da política, do qual apenas se tem a certeza de que, se Pinto da Costa, Filipe Vieira ou Bruno de Carvalho enveredassem pela política activa – que não a de bastidores – teriam mais votos que muitos primeiros-ministros do passado e do presente. Seria a apoteótica desgraça.
Hélder Amaral tem coleccionado “argoladas”, provavelmente fruto do pouco que se dedica ao território que o elegeu e do muito que dedica – improficuamente – à luta na capital. Desde aqueles desmandos deslumbrados no congresso (?) do MPLA, louvando subservientemente o “irmão” José Eduardo dos Santos, até à escolha da candidata autárquica para Viseu, a “nossa rainha”, no seu tonto dizer monárquico, tudo se vai tornando num flop anedótico e patético.
Há por aí uns nomes de jovens ascendentes de quem nada se conhece feito em prol de Viseu, antes se sabendo que, e muito bem, estão algures a tratar da vidinha, cientes da efemeridade “badalhoca” da política actual.
Outros, como Jorge Azevedo, José Carreira, Luís Caetano, Rui Santos, Fernando Figueiredo e muitos mais, nauseados, ou se foram afastando ou se vão mantendo semi-activos.
Hoje, se não fora a voz de Carlos Cunha, líder da concelhia viseense e de Victor Máximo, candidato autárquico a Ranhados, o silêncio do CDS seria ensurdecedor.
Outrora oposição, Hélder Amaral, rendido à coligação PàF, deixou de o ser na autarquia viseense, para se tornar uma pífia sombra do distraído “guerreiro” de outrora. Ainda me lembro de duas longas entrevistas que lhe fiz onde o deputado centrista, acutilante, batalhava com denodo e coragem.
Foi-se…. É a vida e a decadência que ela carreia em suas asas. Ninguém fica incólume à inexorabilidade de Cronos. É o caso.


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