A estima é diferente da amizade porquanto aquela é apreço, decoro, honra, autoridade, respeito, avaliação, esta é natural bondade manifestada no natural apego entre duas pessoas, afecto forte, sólido e duradouro. A amizade é discreta e constante, sossegada e reflectida, branda e suave, não atormenta, antes consola.
Almeida Henriques, tal Sibila de Cumas, vaticinou que “2017 é o melhor ano de sempre para Viseu”. Fez uma estimativa, talvez. Talvez este auspício seja o que transporta na alma, venturoso, junto ao coração. Como junto ao coração traz o amigo Pedro Machado, do Turismo Centro de Portugal e o número dois, Jorge Loureiro, agora entretido com o macro investimento no Hotel Avenida, que veio dar sua anuência e, como ele co-augurar que “ao longo deste ano |2017| estimam que as unidades hoteleiras da cidade registem entre 180 a 190 mil dormidas, mais 20 mil que em 2016.”
Ficamos todos felizes, mais talvez ainda os proprietários ou arrendatários das unidades hoteleiras, pois tal fasquia aponta para as 15 mil dormidas/mês, o que é um atraente “score”. Coisa que Fernando Ruas nem nos seus mais optimistas dias ousou atingir… Todos os dias recebe uma “lição” do seu dilecto sucessor.
Estas premonições, principalmente em ano eleitoral, dão muito conforto. E vindas de quem vêm, além de mostrarem a estima do avaliador, carreiam autoridade e não mera manifestação de bondade. Ademais vêm provar, que malgrado as tricas passageiras entre a CMV e o Turismo Centro (Viseu estava para passar — ou passou mesmo? — a pertencer ao norte, com o amigo Melchior – não, não é o Rei Mago) , as relações se e quando sólidas e duradouras, são discretas e constantes e um sossego propenso à reflexão, coisa que não atormenta, mas consola.
Como nós todos, os viseenses ficámos, consolados, ao saber o que nos trará este futuro adivinhado, milhares de turistas a passear remansadamente de canon, sony ou nikon em punho pela Rua Direita e Rua Formosa afora.
Com protagonistas deste quilate e gabarito, o futuro não falha. É convocado! Quase como o destino, quando bate à porta. Provavelmente, como Martin Luther King, Sobrado teve mais um sonho. À bica da manhã, coloquialmente, comunicou-o a Almeida. Este dele logo fez Ícaro e o soltou a voar para as alturas, como garantido o tomando.
Também João Torto quis ser Ícaro. Mas esqueceu-se da força da gravidade como Ícaro se houvera esquecido de que as suas asas eram de cera feita e, ao aproximar-se do Sol…
(foto com DR, DV)