Foi curta e expressiva a mensagem de Natal de António Costa.
Contrariamente às profundamente erradas políticas seguidas por Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação de José Sócrates e de Nuno Crato, ministro dessa pasta com Passo Coelho, centrou a sua alocução na valorização da Educação, desde logo ao escolher para o efeito uma sala de um Jardim de Infância (do Lumiar), lugar onde simbolicamente as crianças começam a dar os seus passos para o Conhecimento do mundo e no mundo.
Insistindo na Educação e no Conhecimento que deve começar no pré-escolar para todos e ir até à formação continuada de adultos com o Programa Qualificar, António Costa deixou claro que o investimento na Cultura, no Conhecimento, na Educação, na Formação, na Informação são as obrigatórias e únicas formas de erradicação da pobreza e da precariedade, papel onde a Escola Pública tem um importante papel a desempenhar, com os seus qualificados professores e funcionários, por forma a superar o défice de conhecimento e os atrasos históricos do sector.
Esta aposta fundamental na matéria cinzenta, ao invés da demonização/diabolização do sector no último decénio, foi a essência e “anima” desta comunicação de Natal.
A melhor transferência de conhecimento para as nossas empresas torná-las-á mais competitivas, e com maior competitividade gerar-se-á mais e melhor emprego, chamando a nós os nossos jovens imensamente capacitados, que as Escolas, os Institutos e as Universidades portuguesas formaram e que Passos Coelho mandou emigrar, atirando fronteira fora, ligeira e levianamente, o melhor capital do nosso país: a juventude promissora e o conhecimento indispensável, que tantos países por esse mundo fora receberam gratuitamente e sem custos, de braços abertos.
Costa teve presente na sua mensagem que a pobreza e a precariedade laboral são os piores inimigos da economia, sem deixar uma palavra de louvor ao SNS e à necessidade de um melhor acesso aos cuidados de saúde, aos militares das Forças Armadas e das Forças de Segurança, assim como aos portugueses espalhados pelo mundo.
Muitos esperariam mais. Mas de palavras estamos fartos. Menos palavras – foi a estratégia seguida – mais actos, os objectivos a alcançar.