PS Lamego de faca na liga

    É natural que as estruturas políticas do PS onde António Borges toca se estilhacem com mais celeridade que um arranque de fórmula 1, mas daí a vermos Manuel Ferreira, o presidente da comissão política concelhia de Lamego, o autarca da oposição diligente e pertinente, ser encostado às “boxes”, já carece de muita imaginação… […]

  • 18:09 | Terça-feira, 20 de Dezembro de 2016
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É natural que as estruturas políticas do PS onde António Borges toca se estilhacem com mais celeridade que um arranque de fórmula 1, mas daí a vermos Manuel Ferreira, o presidente da comissão política concelhia de Lamego, o autarca da oposição diligente e pertinente, ser encostado às “boxes”, já carece de muita imaginação…
Mas é assim, onde Borges toca, estraga… Por isso, até por isso, o homem da federação que a ganhou acolitado por Miguel Ginestal (cad’êsse?), que comanda o distrito com os votos praticamente das concelhias de Lamego e Resende, corre o risco de perder para o PSD estas duas – para ele – tão referenciais autarquias.
Garcez Trindade que o substituiu em Resende, um apagado autarca, até viu agora a vice de Borges a figurar ao lado do jovem e promissor Jaime Alves, provedor da Misericórdia local, provavelmente o próximo presidente da Câmara de Resende.
Em Lamego, sendo mais que certo o desgaste de Francisco Lopes, o actual presidente do município, impossibilitado de se recandidatar por limite de mandatos, um edil que deixa atrás de si uma câmara “insolvente”, com dívidas que dizem superiores a 70 milhões de euros, por isso mesmo muito fragilizado, teria em Manuel Ferreira um merecido opositor. Mas não, nos bastidores, aqueles que mandam e podem terão “acarinhado” uma outra candidatura, a do advogado Ângelo Moura, líder rosa na Assembleia Municipal local.
Daí a uma embrulhada numa votação que resultou em 27/27 ou 27/26 depois da recontagem, com desfavorecimento de Manuel Ferreira, foi um vê se t’avias, num processo que é mais uma “comenda” para Borges colocar na lapela direita, para não ficar na da esquerda, ao lado da que lhe foi concedida por Cavaco Silva.
Este actual presidente da Federação do PS Viseu, que surgiu com uma candidatura centrada na “proximidade e coesão” tem-se revelado um devastador fiasco que, gradualmente, tem vindo a arranjar polémicos confrontos com muitas das concelhias rosa.
A sua ausência no terreno é tão confrangedoramente estranha que até já o líder do PSD distrital, Pedro Alves, numa sessão da Assembleia Municipal de Viseu, terá demonstrado a sua “saudade” por este tão efemeramente “desaparecido em combate”, questionando-se Pedro Alves, de espada afiada, onde andará o “adversário” quem nem para uma troca breve de galhardetes aparece por aí.
Desconsiderado pela estrutura política nacional, incapaz de fazer mais do que “agir” sobre o seu grupo restrito de lugares-tenentes, tendo ostracizado a maioria dos militantes fora desse círculo, vê-se agora, a 10 meses das eleições autárquicas sujeito a várias derrotas e, além delas, arredio de putativas conquistas, por excesso de dissensões, desavenças e disputas que acabarão por “esfrangalhar” o PS “todinho”, na sua política incompetente de ”proximidade” redundada num total fracasso local, que nem sequer um candidato credível para Viseu conseguiu ainda arranjar, partindo ao meio o de Lamego, tendo cisões em Nelas e o muito mais que estamos para ver por esse distrito fora.
No PS Lisboa a “mandante” Ana Catarina Mendes ou faz vista grossa ou, de repente, ficou cega, surda e muda em prol de uma união de faz-de-contas, colada com cuspo, pronta a ruir ao soprar da mais leve nortada…

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Publicado em Editorial