Hoje no meu matinal passeio pedestre de domingo, deparei com o outdoor que ilustra o texto.
Provavelmente inserido na campanha autárquica de 2017 – é preciso começar atempadamente e informar em crescendo – diz-nos bastante nas suas parcas linhas.
Logo a primeira informação destacada nos diz que a CMV é uma entidade séria: “VISEU É DE BOAS CONTAS!”. Assim mesmo, enfatizada com um ponto de exclamação. Outra coisa não seria de esperar mas… daí andar a anunciá-lo pelas entradas da cidade já traz água no bico. Faz-me lembrar uma moçoila, aqui há 40 anos, ainda nos tempos do Liceu, muito ligeirinha de costumes, que alinhava – por solidariedade, claro! – com os colegas todos, num frenesim lascivo muito “caliente“, mas que antes de arregaçar a saia advertia sempre: “Olha que eu sou uma rapariga séria, ouviste?” E nós dizíamos com ela, pelo menos não a contrariávamos nos minutos mais próximos, não fosse arrepender-se da boa acção…
Depois acrescenta “Poupança > + 10 Milhões € em 3 Anos”. O que achamos muito louvável e atitude pela qual parabenizamos o autarca-chefe Almeida Henriques. Porém, de onde vem este dinheiro? Nem queremos acreditar que possa ser oriundo dos “anchos” impostos esportulados aos munícipes (IMI incluído), derramas, custo de água a verificar no pernicioso aumento escondido nas mudanças de escalão, etc. “Quem coelhos come e à caça não vai…”
A letra mais pequenina, outra grande informação: “Endividamento diminui 3 milhões”.
Ora a 1ª pergunta que se coloca é esta: Afinal de quanto é o endividamento da CMV?
A 2ª pergunta sendo: Ruas deixou a CMV endividada ao invés de folgada de contas?
A 3ª e finais questões daqui decorrentes: Como conseguiu Almeida Henriques reduzir em 3 milhões de euros, em 3 anos, as eventuais dívidas de Fernando Ruas? De onde veio o $$$? Dos impostos? Ou saiu-lhe o euromilhões?
Responda quem sabe. Todavia, convenhamos, o outdoor é bonitinho no seu fundo cerúleo pontuado a amarelo torrado, verde esperança e branco imaculado. Sabem fazê-los…