O número de atropelamentos de peões em algumas artérias da cidade de Viseu tornou-se uma recorrente vulgaridade. Um “fait divers”
Este ano de 2016 – que ainda não findou – o número já subiu para 21 transeuntes atropelados.
Há, pois, que repensar urgentemente as medidas a implementar no sector.
Pelos vistos, não bastam os radares, pois o flagelo não diminuiu, antes aumentou. A falta de cultura cívica de alguns automobilistas é absolutamente estarrecedora. Há uma educação a fazer que vem a montante do acidente, é cultural e acontece também nas escolas. De condução, incluídas.
Hoje, a circular externa da cidade, sempre pejada de radares, é um dos locais de mais frequentes sinistros. O que fazer?
A Câmara de Viseu ou Junta, ou ambas, têm a sua quota parte de culpa nestas ocorrências?
Basta dar uma volta por aí, para constatar o estado de muitas passadeiras, sem tinta, a sinalização vertical mal colocada, derrubada, desaparecida…
O vandalismo também é um factor preocupante e em crescendo. Efeito de causas várias e uma chaga social premente, exige também medidas profilácticas adequadas por parte das forças de segurança. Este assunto também não se resolve com radares… Nem com a mera constatação “do sucesso limitado da operação tolerância zero”, comandante Vítor Rodrigues, da PSP local…
O Executivo, porém, que tanto gasta nas festarolices costumeiras, nas luzes de Natal para aquecer os corações dos munícipes, não vê as passadeiras por pintar? Os sinais tombados? Por incúria? Negligência? Desinteresse? Alheamento? Ou outras prioridades mais “luminescentes” que a integridade física dos munícipes?
De acordo com uma notícia veiculada pela Lusa:
“Segundo o autarca |Almeida Henriques|, dos 200 mil euros do orçamento (metade do qual assumido pela Associação Mutualista do Montepio), 74 mil euros dizem respeito à iluminação.
Além das mais de 300 mil luzes que iluminarão 26 ruas e praças, jardins e edifícios, “380 peças decorativas iluminadas de grande escala prometem criar novas paisagens” na cidade, explicou Almeida Henriques, acrescentando que a bola de Natal gigante regressará ao Rossio com novas cores.”
Quem gasta 200 mil euros em luzes e decoração acessória para dar cor e calor ao Natal, não pode gastar uns meros “peanuts” no essencial?
Não sobram uns trocados para tinta? Estamos esclarecidos!
Para um autarca que se ofereceu para pintar o IP3, conviria primeiro arrumar a casa.
Ler aqui o que a “imprensa” de fora escreve…